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Crítica: Thor Ragnarok Crítica: Thor Ragnarok
Sim, amiguinhos. Estamos nos aproximando da derradeira batalha contra Thanos, mas antes, porque não ver uma aventura que é leve, porém tem lá a... Crítica: Thor Ragnarok

Sim, amiguinhos. Estamos nos aproximando da derradeira batalha contra Thanos, mas antes, porque não ver uma aventura que é leve, porém tem lá a sua densidade. Recentemente, o terceiro filme do deus lindo, loiro e nórdico do trovão estreou nos cinemas, fazendo um sucesso que seus antecessores não conseguiram. Estamos falando de Thor Ragnarok. Vou deixar a sinopse aqui em baixo e logo começo a falar sobre o filme. Lembrando que a crítica terá duas partes, uma sem spoiler, e outra com spoilers, mas fique tranquilo que eu aviso quando os spoilers começarem.

Em “Thor – Ragnarok”, da Marvel Studios, Thor está aprisionado do outro lado do universo sem seu poderoso martelo e precisa correr contra o tempo e para evitar o Ragnarok — a destruição de sua terra natal e o fim da civilização de Asgard pelas mãos de uma nova e poderosa ameaça, a impiedosa Hela. Mas antes ele deve sobreviver a um duelo mortal numa arena de gladiadores onde seu adversário é um antigo aliado e colega Vingador – o Incrível Hulk!

Bem, quem está acompanhando o universo da Marvel desde Homem de Ferro 1 sabe que o Thor sempre foi um herói com pouca personalidade nos filmes. As vezes ele era reduzido a um mongol gigante com um martelo. O que nós vemos em Ragnarok é um Thor diferente. Sim, pegaram a injeção “Humor de Guardiões da Galáxia” e injetaram umas cinco doses nele, então nós temos um Thor muito mais engraçado do que antes, mas ele agora não precisa de outras pessoas para começar as piadas. Ele consegue levar o seu filme sem precisar necessariamente dos outros personagens, mesmo os outros sendo excelentes. Você vê isso logo na primeira cena do filme, onde ele está totalmente diferente de antes. E daí pra frente, o filme nos tira várias risadas. Talvez algumas pessoas não gostem disso, alegando que o deus do trovão precisaria de um ar mais sério e soturno, porém nós sabemos que a Marvel não é de fazer muitos filmes assim, então eles foram para a comédia, e foi um resultado que agradou mais do que os dois primeiros filmes.

O filme como um todo é algo realmente parecido com Guardiões da Galáxia no quesito humor e leveza. Ele tem sim, como pano de fundo, o Ragnarok, o fim do mundo dos nórdicos, porém isso é misturado com a jornada pessoa de Thor e Hulk. Sim, os dois personagens têm sua própria jornada, o que deixa a química do filme muito boa, e a Valquíria também foi bem inserida, com suas motivações, seus medos, e sua personalidade. Não me surpreenderia se ela ganhasse mais destaque nos próximos filmes da Marvel, principalmente na fase 4.

Os antagonistas do filme possuem um carisma único. Desde a temível Hela ao esquisito Grão-Mestre, nós temos dois opostos, que consegue ferrar a vida dos nossos heróis de um jeito único. É claro que não tem como deixar de falar da atuação incrível da Cate Blanchett, nossa eterna Galadriel. Ela mesma, em várias entrevistas, disse que estava adorando interpretar uma vilã, e ela fez um ótimo trabalho. Você conseguia ver nela o fogo de insanidade que a personagem possuía, mas ao mesmo tempo vemos que ela também é uma filha que foi rejeitada pelo pai, e que o odeia por isso.

E, por último, gostaria de falar sobre o relacionamento entre Thor e Loki. Tivemos esse relacionamento construído nos dois primeiros filmes do Thor e em Vingadores 1. Nós não temos como esperar que as coisas mudem entre os dois, mas a relação deles evolui para uma relação de dois irmãos, que as vezes se estranham, mas quando um precisa do outro, eles estarão lá. Para evitar os spoilers, não vou comentar mais sobre isso, mas é uma das melhores coisas do filme.

Puxando para questões mais técnicas, a direção do filme me agradou bastante. Taika Waititi é um diretor que trabalha bastante com improviso, e ele mesmo falou que muita coisa do filme foi improvisada, e você consegue perceber essas cenas. As direções de câmera também estavam boas. Talvez em uma ou duas cenas em que os pirocópteros que os personagens faziam ficaram confusos, mas no geral é agradável de ver. E temos que dar um crédito a trilha sonora do filme. Tanto a trilha original quanto a música do primeiro trailer, que apareceu duas vezes no filme, em dois momentos propícios a isso, dão um show, e deixam o filme incrível.

Bem, essa é a parte sem spoilers. Se você já assistiu o filme, ou não assistiu mas não liga para spoilers, então, por favor, continue aqui.

Vamos começar falando da “Crise de Identidade” do Hulk. Por dois anos o Dr. Banner ficou preso na forma do Hulk, e é muito legal ele pensar que ainda estava nos eventos de Vingadores 2. A melhor parte é o Thor tentando botar o Hulk para dormir igual a Viúva fazia no Vingadores 2. Ainda sobre o Hulk, ele ter desenvolvido uma personalidade própria pode trazer histórias incríveis num futuro próximo. Temos várias HQs que tratam sobre essa dupla personalidade Hulk/Banner, e isso pode vir a ser um plot incrível para algum filme futuro.

Eu havia falado, ali e cima, sobre a relação entre Thor e Loki. Mas o que pode resumir toda essa relação está na cena do “Ajuda Aqui”. Primeiro que essa é a melhor tática de batalha de todos os tempos. E segundo que, antes deles fazerem o Ajuda Aqui, há um diálogo que resume toda a relação deles. É incrível, tocante, e depois descamba para a galhofa.

Eu realmente queria ter visto mais da batalha entre Hela e as Valquírias. Pelo pouco que é mostrado, parece que seria uma porradaria linda, mas, devido ao tempo, pouco foi deixado no corte final.

Outra coisa muito interessante é a participação do Doutor Estranho no filme. Podemos ver que ele está muito mais poderoso do que ao final de seu filme, e muito mais engajado no cargo de “Mago Supremo da Terra”. Seus poderes estão além da compreensão, se aproximando, assim, a sua contraparte nos quadrinhos.

Outra coisa que eu achei legal foi a morte de Odin Catra, o Pai de Todos. Foi interessante porque ele morreu antes que a porrada estancasse, deixando assim para seus filhos resolverem tudo. O diálogo que se originou dessa cena é um dos mais emocionantes do filme, pois vemos que, apesar de tudo, Odin ainda considerava Loki como um filho, e que o amava tanto quanto Thor.

Enfim, acho que isso já é o bastante para uma crítica. O filme é muito bom, recomendo a todos assistirem, porém recomendo assistirem a apenas uma cena pós-crédito, pois a outra não vale tanto a pena assim, mesmo sendo um pouquinho engraçada.

Essa foi a crítica de hoje. Se for a sua primeira vez aqui no site, não deixem de se inscrever no site, para não perder nenhuma resenha. Aceitem nossas notificações em seu navegador, sigam nossas redes sociais e comentem o que vocês acharam do filme. Até a próxima.

[stellar]
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Jeff Pereira

Nerd, projeto de escritor, leitor e, nas horas vagas, viajante do tempo.

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