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Resenha: A Menina que não Acredita em Milagres Resenha: A Menina que não Acredita em Milagres
“Campbell tem 17 anos. Ela não acredita em Deus. Muito menos em milagres Cam sabe que tem pouco... Resenha: A Menina que não Acredita em Milagres

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“Campbell tem 17 anos. Ela não acredita em Deus. Muito menos em milagres
Cam sabe que tem pouco tempo de vida, por isso quer viver intensamente e fazer tudo o que nunca fez, no tempo que lhe resta. Mas a mãe de Cam não aceita o fato de perder a filha, assim, ela a convence a fazer uma viagem com ela e a irmã para Promise um lugar conhecido por seus acontecimentos miraculosos. Em Promise, Cam se depara com eventos inacreditáveis, e, também, com o primeiro amor. Lá encontra, finalmente, o que estava procurando mesmo sem saber. Será que ela mudará de ideia em relação à probabilidade de milagres? “A Menina que não Acredita em Milagres” vai fazer você rir, chorar e repensar sua conduta de vida.”

“Há dois modos de se viver a vida: o primeiro é como se nada fosse um milagre. O segundo, é como se tudo fosse um milagre.” -Albert Einstein.

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Milagres não existem para pessoas como Campbell. Ela não era alguém que podia arcar com os custos do privilegio da mágica. E com essa crença, ou “ descrença”, se entrega a doença terminal, que pouco a pouco, vai esvaindo a vida de seu corpo, bem como, sua vontade de lutar para permanecer aqui, nessa falsa esperança de um milagre que jamais chegou.

[testimonials user=” email=” name=” position=” photo=”]“A mágica, Cam soube depois de uma vida trabalhando para o Mickey Mouse, era um privilégio e não um direito.”[/testimonials]

Cam vive com sua mãe Alicia e sua irmã de onze anos, Perry. Ela é metade italiana e metade samoana e sempre morou em Orlando. Toda a dança e alegria da Disney poderia fazer muitas outras pessoas felizes, mas a vida de Cam nunca foi fácil. Desde o divórcio, até a morte do seu pai e então, por fim, câncer em processo de metástase, como a grande cereja do bolo, fizeram a garota se ver maltratada pelo universo.

[testimonials user=” email=” name=” position=” photo=”]“Houve uma época em que Cam teria acreditado, com “A” maiúsculo, em toda essa história de milagre. Na verdade, houve uma época em que ela acreditara ser especial. Coisas sutis e, mesmo assim, incríveis, que a faziam acreditar que alguém, um poder superior, estava olhando por ela. (…) Mas isso foi antes do divórcio, do câncer e da morte do pai, bem no meio da vida dele. Bem antes de Cam saber que jamais chegaria ao aniversário de 18 anos.“[/testimonials]

Com apenas dezessete anos, depois de diversos tratamentos falhos, horas de quimioterapia e enormes esperas em hospitais e a certeza de que se tornará um caso perdido para a medicina, ela simplesmente desiste de tentar.

[testimonials user=” email=” name=” position=” photo=”]“- A ciência não é suficiente agora, sopa Campbell. O que você precisa é de um milagre.”[/testimonials]

Sua melhor amiga, Lilly, também doente, condenada como Campbell, a havia convencido a fazer uma lista, a qual chamaram de “lista do Flamingo”, que trazia coisas que deveriam fazer antes de morrer. Experiências, como ter o coração partido, coisa que qualquer adolescente “normal” teria tido em uma vida comum. Lilly acredita no paraíso, e é em grupo para jovens que conhece Ryan, o garoto por quem se apaixona, o qual Cam não confia, isso causa atrito entre as duas, tornando um fim de semana que deveria ser especial em memórias dolorosas. Elas haviam se conhecido em Shody Hill, um acampamento que prometia Turbinar a Autoestima de Adolescentes e, que apesar do cheiro de mofo das cabanas, era melhor do que o acampamento dos doentes, as tornava adolescentes comuns.
Em frente a toda a rotina de hospitais e medicamentos das quais a autora nos poupou, Alicia, mãe de Cam, decide que colocar suas duas filhas em um trailer e dirigir até Promise, no Maine, é a solução perfeita, já que não havia mais nada a ser feito pela ciência. E ela se agarrou a essa última esperança com todas suas forças, pois não aceitaria ver sua filha definhar até a morte tão cedo. A cidade era envolvida em uma lenda antiga, as pessoas, de todo o mundo, iam lá em busca de milagres. E uma Campbell relutante, concordou. Não por acreditar que aquele lugar guardava sua cura, mas, por aceitar que já estava no fim da vida e tudo parecia uma boa aventura. E um dos momentos que mais me marcou no início do livro, foi quando elas chegaram lá e encontraram Piu-piu, o passarinho de Cam que havia se perdido na viagem. Provavelmente eu teria tido a mesma reação que Alicia e Perry.

 

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“- Piu-piu, estou muito orgulhosa de você, está bem? Mas não posso acreditar em milagres.”

“Ela não estava preparada para o inevitável. O tipo de coisa muito real que estava acontecendo com ela. Não havia razão para ter esperanças.”

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O fato de Cam não acreditar em um Deus milagroso e bom, podia estar relacionado as diversas coisas ruins que aconteceram na sua vida, mas sobretudo, por estar se aproximando do fim, crer na possibilidade de “dar a volta por cima” na doença, parecia, naquela altura, uma enorme frustração, a qual ela não precisava ter de lidar. Cam trata tudo de forma muito banal e desnecessária, uma máscara, uma desculpa para não admitir o tamanho do seu medo, ou como se importa.

[testimonials user=” email=” name=” position=” photo=”]“-Se existe um poder superior fazendo origami do universo, ele me odeia. Eu era uma criança gorda, meus pais se divorciaram, meu pai morreu e, depois, tive câncer. Então não. Não confio em como as coisas vão se desdobrar.”[/testimonials]

Outra pessoa importante na trama é Asher, um garoto lindo e misteriosamente prestativo, que Campbell conhece logo ao chegar na ilha mágica. Todos a quem ele amava, optaram por deixar o lugar, mas ele se mantém ali, decidido a ficar. Eles formam um bom casal, e com ela, ele aprende a enfrentar as dificuldades e tristezas da vida sem se esconder. De cara, Cam desconfiou do “bom moço” que ofereceu sua casa como hospedagem para elas, mas a inabalável confiança de Alicia foi ganhada por ele, o que veio a se tornar uma bela decisão a longo prazo.

[testimonials user=” email=” name=” position=” photo=”]“É assim que era ficar de coração partido. Era menos uma rachadura no meio e mais como se o tivesse engolido inteiro e ele fosse parar, ensanguentado e machucado, no fundo do seu estômago.”[/testimonials]

Confesso que mais uma vez, julguei o livro pela capa. Me apaixonei pelos tons e pela organização de tudo, isso bastaria para me levar a ler a obra. E a história é tudo que promete. A personagem me cativou, se tornou importante para mim. E a historia como um todo, me levou a refletir como venho levando a vida, o que posso fazer para aproveitar mais meu tempo. Como existem pessoas que só desejariam poder viver mais.

O livro não é sobre religião, mas sobre crença e esperança. É um livro pequeno e gostoso de ler, vale muito a pena. Outra escritora que ganhou minha admiração com apenas uma obra. Os cenários são formados na mente com uma naturalidade absurda. Consigo ver a pequena casa ao estilo americano de Cam, a enorme mansão de Lilly e a singularidade da ilha milagrosa. Com certeza seria um lugar que eu gostaria de visitar.

Acompanhem nossas redes sociais para não perderem nenhuma atualização. Para quem ainda está de férias, assim como eu, aproveitem os últimos dias com esse livro maravilhoso. Aos que leram, comentem sua opinião, beijos e até a próxima.

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Leticia

19, paraibana. Grande admiradora de John Green, Nicholas Sparks e Isabela Freitas.

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