Mundo das Resenhas
Resenha – Sasha, o Fenômeno – Ariel Ganassim Resenha – Sasha, o Fenômeno – Ariel Ganassim
Olá amiguinhos. Venho hoje falar de um livro um tanto incomum, com uma história que te prende e te faz terminar de lê-lo em... Resenha – Sasha, o Fenômeno – Ariel Ganassim

Olá amiguinhos. Venho hoje falar de um livro um tanto incomum, com uma história que te prende e te faz terminar de lê-lo em pouco mais de três horas (pelo menos no meu caso). Trata-se do livro Sasha, o Fenômeno, escrito por Ariel Ganassim. Vou colocar a sinopse que está na página do livro no Facebook e depois vou começar a fazer meus comentários, que provavelmente não serão poucos.

Havia quem considerasse Sasha Simmel um messias demoníaco, vindo no fim dos tempos. Outros preferiam tomá-lo por uma espécie de anjo misterioso. Alguns acreditavam que se tratava apenas de mais um terrorista, transmitindo um vírus de computador para pessoas. Mas o que se sabe é que o fenômeno teve início. Zoe Ebner conta a história toda, desde o instante que ingressou nas cidades de vidro como uma atriz pornô e conheceu Sasha, até o seu fim enigmático.

De acordo com o próprio autor, esse livro é para quem gosta de inventar apocalipses. A frase até que faz sentido, já que o mundo mudou drasticamente, passou por mais uma guerra mundial e está a caminho da quarta guerra. Mas, nesse caso, nós ainda não temos um apocalipse no sentido comum da palavra. Acho que temos mais o sentido etimológico, afinal apocalipse significa revelação. Toda a trama se encaminha para uma grande revelação, a qual eu não vou comentar pois não quero estragar a surpresa.

Enfim, quero comentar sobre a divisão das cidades. Cidade de Pedra e Cidade de Vidro. A Cidade de Pedra seria algo como as pessoas comuns, que ainda acreditam na privacidade. Já a Cidade de Vidro é apenas para pessoas extremamente ricas e que não tem pudor nenhum, nem privacidade. O conceito que o autor criou, de pessoas poderem ver o que outras pessoas fazem o tempo todo, é realmente interessante. Faz a gente pensar no caminho que estamos tomando, com a enxurrada de informações que despejamos nas redes sociais e afins. Como compartilhamos cada passo de nossas vidas para amigos e estranhos.

Gostei também do fato de que as maiores celebridades são atores e atrizes pornôs. Não pela sacanagem em si, até porque não tem nenhuma sacanagem ou cena “50 tons de cinza” no livro. Mas pela forma com a qual as pessoas veem o corpo alheio. A forma banal como as pessoas daquela distopia tratavam algo que hoje em dia é considerado de tabu até mesmo errado.

Outra coisa interessante foi o fato de Abadon, a Cidade de Vidro onde a história acontece, ser governada por pessoas que se acham deuses. E deuses gregos ainda por cima. Carregando até mesmo os nomes das divindades antigas. O mais aparente foi Apolo, deus da saúde física e mental na história. As pessoas os chamavam de deuses vigiados pois todos podiam ver facilmente as vidas deles, fazendo deles objetos de total adoração. E pra quem conhece Sandman bem a fundo sabe que quando uma coisa ou pessoa é adorada por muitos, essa coisa/pessoa ganha poder. Basicamente isso que acontece.

Saindo do aspecto geral e indo para os personagens, quero falar de alguns em especial. Zoe Ebner, a narradora do livro, é uma garota obstinada, por falta de palavra melhor. Ela era uma moradora das Cidades de Pedra, mas seu sonho era ir para a Cidade de Vidro e abraçar o teotecnismo, a orientação religiosa dominante na cidade de vidro. Para isso ela se submeteu a coisas que nós achamos desagradáveis. Sim, prostituição e afins. É interessante ver como ela vai mudando ao decorrer da história. Como ela amadurece cada vez mais.

Outro personagem importante é Sasha Simmel. Ele começa apenas como um simples cara que está na hora certa, no local certo. Mas as coisas mudam, de uma forma drástica, o que o força a fazer coisas que nunca havia imaginado. Não posso falar muito sobre ele, infelizmente, pois seria entregar toda a história do livro.

E, o último tópico que eu gostaria de comentar é o quanto a humanidade pode se afastar de Deus, ou qualquer divindade que siga, pelo simples fato de se acharem melhor. Mais preparados. Mais eficientes. As discussões que isso implica no livro são muito interessantes, ainda mais quando vemos o quanto as coisa podem mudar e ao mesmo tempo continuarem iguais a antes.

Considerações finais

Recomendo esse livro para quem gosta de histórias distópicas, um bom questionamento da sociedade atual e o que ela pode vir a ser em um futuro tanto longínquo quanto próximo. Aproveito para agradecer ao autor Ariel Ganassim por ter nos enviado uma cópia da sua obra.

Essa foi a resenha de hoje. Se é a primeira vez que você acessa o Mundo das Resenhas, seja muito bem vindo. Assine o nosso feed de postagens, siga nossas redes sociais e comentem suas opiniões sobre as resenhas. Mantenham sua privacidade, cuidado com a polícia gafanhoto e aproveitem as maravilhas da humanidade. Até a próxima.

[stellar]
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Jeff Pereira

Nerd, projeto de escritor, leitor e, nas horas vagas, viajante do tempo.

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