Mundo das Resenhas
A Lenda de Ruff Ghanor: O Herdeiro do Dragão – Leonel Caldela A Lenda de Ruff Ghanor: O Herdeiro do Dragão – Leonel Caldela
O que havia começado com apenas uma serie de partidas de RPG de mesa em um podcast super famoso, tornou-se uma das melhores obras... A Lenda de Ruff Ghanor: O Herdeiro do Dragão – Leonel Caldela

O que havia começado com apenas uma serie de partidas de RPG de mesa em um podcast super famoso, tornou-se uma das melhores obras de ficção fantástica que eu já li na minha curta vida. Hoje, vamos falar do segundo volume de A Lenda de Ruff Ghanor, intitulado O Herdeiro do Leão. Para começar, vou deixar a sinopse do livro logo abaixo, e depois começo a falar mais sobre o livro, e eu tenho muito o que falar sobre esse tomo.

A Lenda de Ruff Ghanor – O Herdeiro do Leão: conta a queda de um tirano e a ascensão do salvador. O dragão vermelho Zamir foi derrotado, e o povo respira em liberdade pela primeira vez. Há esperança nas terras, e todos ouviram falar do santo responsável por essa vitória.

Mas o salvador pode não ser o que parece. Ruff Ghanor sente o peso de sua verdadeira natureza. Os deuses vigiam-no de perto, através de um anjo. Os demônios sobem ao mundo como um enxame, temerosos de que seu banquete de almas acabe. E, na ausência do tirano, nobres e senhores da guerra conspiram e se enfrentam em incontáveis escaramuças, ávidos pelo poder.

Tudo isso pode significar o fim do mundo. Ruff encara inimigos de todos os lados, além de amizades duvidosas. Áxia afunda nas consequências de suas escolhas. Korin ergue o estandarte em nome do sonho de unificar as terras.

E, desse turbilhão, um rei irá se erguer.

Alguém que deverá triunfar sobre deuses e demônios. Unir inimigos e aliados. Criar a paz e fazer a guerra. O herdeiro do leão.

Então, vou tentar deixar a resenha sem spoilers, mas se eu realmente precisar soltar um, eu vou sinalizar de algum jeito. Então, vamos começar.

Enquanto no primeiro livro nós acompanhamos o crescimento de Ghanor, desde quando Dunnius e Niccolas o encontraram, até o seu encontro derradeiro com Zamir. Mas, em Herdeiro do Dragão, nós vemos um Ruff crescido, já depois de ter aprisionado Zamir em uma forma humana (Isso não é spoiler, afinal é o final do primeiro livro, e quem ouviu o Nerdcast de RPG já sabia disso), e lidando com o peso de uma descoberta terrível. Em todo o livro, nós vemos um crescimento incrível de todos os personagens, não apenas Ruff. Mas Ruff passa por muita coisa até o final de seu livro. De clérigo, a santo, a rei, Ruff tem uma trajetória conturbada nesse livro, e é isso que Caldela nos mostra com excelência.

Outro personagem que cresce muito nesse livro é Korin. Descrito antes como o Kurilin do universo de Ghanor, Korin agora é um general das forças de Ruff, e, mesmo mantendo a fé em seu amigo, Korin começa a tomar decisões como um general de verdade, e seu crescimento é muito bem feito. Gostaria de falar mais sobre o crescimento de Korin, mas para isso teria que soltar alguns spoilers bem grandes sobre a trama.

Gostaria de destacar a presença de dois personagens novos, que são muito importantes para a trama pessoal de Ruff Ghanor. Johrgrund e Bellitz. Um gigante e um anjo. Força bruta e poder celestial. Dois personagens que ajudaram Ruff quando ele mais precisou. Johrgrund foi um gigante que, primeiro, tentou matar Ruff e Korin, e depois virou um amigo. Bellitz foi um caso bem diferente. Ela é um anjo que sempre cuidou de Ruff, até que finalmente revelou o destino de Ruff. Um destino que ele não queria, e lutou contra esse destino o livro inteiro. Bellitz também teve um papel fundamental para a trama, mas, mais uma vez, não posso falar muito mais sobre isso, para não soltar spoilers.

Mas nem só de heróis é feito um bom livro. Afinal, não existem heróis sem vilões. E nós temos alguns vilões bem grandes aqui. A começar por Zamir. Sim, o dragão, que agora está preso em uma forma humana e fraca. Mesmo nessa forma, ele ainda faz suas tramoias e conspirando para trazer um mal enorme ao mundo. Mas ele não está sozinho. Ao seu lado está Áxia, o primeiro amor de Ruff, a mulher que o traiu, para se aliar a Zamir. Para quem escutou o Nerdcast de RPG, já deve saber que rumo essa parceria irá tomar, mas para quem só está lendo os livros, bem, vocês irão se surpreender com tudo o que os dois estão fazendo.

Passando para um plano mais amplo, todos os personagens que aparecem, novos e antigos, são muito bem trabalhados. E também existem mais referências aos personagens dos podcasts de RPG, principalmente a um antepassado de Braulius Minimus III e Feldon, sim, o elfo druida e bêbado. Vocês irão se surpreender com a história pregressa de Feldon.

Agora, tem uma parte aqui que eu preciso falar, mas é spoiler, então vou colocar aqui num lugar certo que, quem não quer ler o spoiler, pode pular.

Então, enquanto Ghanor está construindo o novo mosteiro de São Arnaldo, no interior dos Pântanos Cinzentos, ele vê uma coisa que me deixou muito emocionado. O próprio Santo dos Miseráveis aparece para Ruff, em uma cena com um cunho espiritual muito forte, que deixaria qualquer um emocionado. E eu fiquei mais emocionado ainda quando, após São Arnaldo ir embora, Ruff perceber que, perto da cabeça do santo, que ele esculpiu na pedra, havia uma poça de arroz cozido, como se a cabeça tivesse vomitado aquele arroz. Claro que depois acontece algo que me fez odiar o personagem, mas né, vida que segue.

Então é isso, pessoas. Se vocês gostaram do livro, deixem seus comentários aqui em baixo. Até a próxima.

[stellar]
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Jeff Pereira

Nerd, projeto de escritor, leitor e, nas horas vagas, viajante do tempo.

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