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*****************************NÃO contém spoiler*****************************

Autoras: Greer Hendricks & Sarah Pekkanen

Editora: Paralela / Gênero: Thriller psicológico / Idioma: Português / 352 páginas

 

E-BOOK: AMAZON                      LIVRO FÍSICO: AMAZON

De um lado, Vanessa, uma mulher fragilizada, ainda apaixonada, recém-divorciada e disposta a impedir que seu ex-marido se case novamente. Do outro, Nellie, uma jovem sonhadora, noiva do homem dos sonhos e disposta a construir a família que sempre sonhou em ter. Duas mulheres envolvidas em uma mesma história. Duas mulheres conectadas por um mesmo homem e duas mulheres dispostas a conseguirem o que desejam. Entre segredos do passado e suposições irrefreáveis, A mulher entre nós é o típico thriller que te desafia, que te surpreende e que leva a crer em verdades incontestáveis. A partir de agora, não crie suposições, não tenha certeza de nada e não acredite em ninguém.

Que segredos todos eles escondem?

O enredo pode não ser dos mais inovadores. A narrativa pode não ser das mais envolventes e as revelações podem não ser das mais surpreendes. Talvez eu possa dizer que o suspense de Greer Hendricks e Sarah Pekkanen não tenha nada que possa colocá-lo no patamar dos grandes thrillers os quais temos disponíveis por aí. Contudo, independente de tais afirmações, A mulher entre nós funciona  dentro do que se propõe e se destaca por sua estrutura narrativa, que muito bem pensada, surpreende e exerce a principal função de um romance enigmático como esse: o de enganar com esmero o leitor, nos levando a desmontar de forma abrupta qualquer certeza que possamos ter criado ao longo da leitura. Uma tática assertiva, que se bem empregada – como ocorre aqui – tem o poder de reacender nosso interesse, nos levando novamente para o centro do suspense e dos pilares que o sustentam.

Embora possua diversos aspectos bastante positivos em sua composição, A mulher entre nós sofre de descrições e passagens desnecessárias, que no final das contas, se destacam por suas repetitivas irrelevâncias, que engordam e muito toda a primeira metade do suspense, que apesar de interessante e bem finalizado – me refiro aqui e por hora somente a primeira metade – , oscila durante todo o seu desenvolvimento entre o cansativo e o instigante. Com bons personagens e uma boa ideia, o thriller caminha a passos lentos, de forma cadenciada demais, criando alguns momentos que dão sono. Dessa forma, os primeiros 50% (exatamente 176 páginas) são bastante introdutórios, focados no desenvolvimento dos elementos narrativos primários, que a posteriori ajudarão a consolidar todo o enredo, desfazendo todos os nós construídos ao longo da trama.

Apesar da pouca agilidade inicial, o livro se recupera a partir da segunda metade, dando a impressão de se transformar em um outro romance, bem mais ágil, mais envolvente e equilibrado. No desenrolar dos fatos, acabei me deparando com mais do mesmo, com resoluções e explicações muito parecidas com o que já li em tantas outras histórias, mas que ainda assim não diminui de forma drástica o conteúdo e a qualidade em si. A mulher entre nós é um bom livro, que diverte e que se mostra com um bom potencial; que apesar de não explorado no seu máximo, satisfaz. Um drama que você lerá achando que sabe de tudo. Um drama que te forçará a criar explicações e suposições. Uma narrativa que te provará que talvez tenha chagado o momento de não fazermos suposições.

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