********************************NÃO contém spoiler********************************
Poderia dizer muitas coisas sobre Barbie, o filme sensação do momento e o qual muitos já consideram como o filme do ano. Para alguns, ele é uma afronta aos bons costumes, ao bom gosto e a sensatez; sendo agressivo, desrespeitoso e a verdadeira personificação do mais absurdo já produzido pela sétima arte. Para outros, ele é um filme necessário, criado para de fato incomodar e provocar, nos obrigando a pensarmos e repensarmos sobre o óbvio, que por mais óbvio que possa parecer, muitas se negam a enxergar: o patriarcado existe, o machismo existe, os extremos existem e negá-los não é a solução para que mudanças de fato ocorram.
O que devemos (ou o que você deve) esperar de um filme onde a boneca mais famosa do mundo decide sair da imaginária Barbielândia para confrontar os tumultos do mundo real? Entre tantas coisas, você deve esperar e provavelmente encontrará um filme crítico, irônico, questionador, divertido e bastante emotivo. Com uma direção afiada, Barbie se destaca pelos cenários coloridos, pelas atuações excelentes e canastronas e pelas montagens e diálogos ácidos, em que piadas de todos os tipos nos são apresentadas sem medo de serem o que são: críticas absurdas, certeiras e repletas de referências de todos os tipos – das cinematográficas até as midiáticas.
Dirigido por Greta Gerwig e roteirizado pela mesma diretora em parceria com Noah Baumbach, Barbie é um filme sobre existencialismo, sobre respeito, sobre amor, sobre amizade e acima de tudo sobre nosso papel no mundo. Não é um filme raso e tampouco exageradamente profundo. As reflexões pipocam pela tela e a bonequinha não nos deixa descansar; nos obrigando a passamos longe de encará-la como superficial.
Se é ou não um filme para crianças, tudo dependerá de como você enxerga o que deve ou não ser se entregue a elas. Não é uma obra escrachada de coisas sexuais e de linguagem imprópria as crianças ou até mesmo para os adultos mais sensíveis. É uma crítica mordaz sobre o machismo e um verdadeiro questionamento sobre humanidade e autocrítica sobre o que somos ou o que devemos ser.
Se te incomoda ou se você o encara como grotesco e o desrespeito mais puro e simples, talvez o problema não esteja no filme em si, mas no cerne que te compõe como ser-humano. Talvez seja a hora de refletir sobre o que realmente te incomoda, o que vai muito além de uma crítica rasa e que não anula o seu direito de não gostar do filme em questão. Necessário ou desnecessário, a verdade é que não posso deixar de concordar com Francis Ford Coppola: Barbie surpreende e é realmente uma vitória para o cinema!
Gostei do filme da barbie.
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Olá Letícia, tudo bem?
Que bom que também gostou. Eu adorei!! Obrigado pelo comentário. S2