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******************************NÃO contém spoiler******************************

Roteiro: Maja Lunde e Kartsen Fullu / Direção: Katarina Launing / Produção: Lars Andreas Hellebust, Asle Vatn, Christian Fredrik Martin, Paul Roed e Frederick Howard

Elenco: Lisa teige, Fabian Taipa, Achmed Akkabi, Karen-Lise Mynster / Gênero: Dança e Drama adolescente / Duração: 1h38min / Nacionalidade: Norueguês

Se você assim como eu aprecia musicais e filmes de dança, só tenho uma coisa a dizer; não sei se “Batalhas”, o novo filme da Netflix é uma boa escolha de entretenimento. A obra dirigida por Katarina Launing é esquisita e se assemelha muito mais a um drama adolescente do que a um filme de dança. A estória não é inovadora e o filme parece uma cópia descarada e malfeita de “No Balanço do Amor”, lançado em 2001 e dirigido por Thomas Carter. Acompanhamos Amalie, uma garota rica, estudante de ballet e que se vê da noite pro dia envolvida com uma nova realidade proveniente da falência do pai; tendo que se mudar junto com ele para uma comunidade carente onde irá conhecer um dançarino de hip-hop que será o responsável em lhe mostrar que a vida é muito mais que apenas luxo e falsas amizades, além do óbvio, ser seu par romântico.

O filme não é de todo ruim, traz bons debates acerca de preconceitos, auto aceitação e autodescobertas. Mas peca em trazer uma protagonista inconsistente, sem carisma e cuja intérprete (Lisa Teige) não traz emoção. A interpretação da atriz é fraca, quase nula. O personagem masculino central interpretado por Fabian Tapian traz um pouco mais de emoção, mas nada tão fabuloso. E a trilha sonora fraca e quase inexistente realça ainda mais essa falta de emoção, deixando o filme sem energia.

Mas o que mais pesa, principalmente levando em conta o gênero do filme, são as cenas de dança que não possuem nada de tão incrível. São cenas pouco coreografadas e que me pareceram em muitos momentos bem amadoras. Já assisti alguns filmes de dança como “Entre Nessa Dança: Hip-Hop no Pedaço”, “Ela Dança, Eu Danço”, “Vem Dançar”, “Footloose”, “Honey: No Ritmo dos Seus Sonhos” entre tantos outros, e por esse motivo afirmo que as danças de “Batalhas” são extremamente decepcionantes. O filme em muitos momentos chegou a me dar sono e as relações de amizade e familiares são mal exploradas e inseridas.

Talvez eu tenha começado a assistir com muitas expectativas… Além de ter me tornado um refém dos filmes norte-americanos. Mas independentemente das razões, “Batalhas” é para mim um filme esquecível, e eu não o reveria nem que passasse na televisão em uma tarde chuvosa de domingo. Achei fraco, sem emoção e sem explicações satisfatórias. Esperava um bom filme de dança que me fizesse sentir vontade de dançar no meio da sala. Mas o que senti foi preguiça de terminar de vê-lo. Uma pena! Não indico, mas se gosta do gênero, talvez valha a pena assisti-lo para tirar suas próprias conclusões, como tudo na vida.

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