Bom dia Turma! Enquanto não sai mais resenhas minhas sobre livro, vamos falar de filme! Recentemente no Netflix foi lançado um filme de guerra, mas não é apenas mais um filme de guerra, e vou dizer o motivo. Podemos começar com o diretor do filme, que é um tupiniquim, isso mesmo, temos um brasileiro na direção do filme. Mas o que isso quer dizer? Quer dize que veremos um filme numa visão menos “patriotismo aos Estados Unidos”. Mas isso é ruim? De certa forma, em minha opinião de bosta, é muito bom vermos um filme americano sem aquele saudosismo maluco de que os EUA é a melhor nação do mundo e sem dizer nas cenas de bandeira no fundo que sempre rolam atrás de tudo nesses filmes. O que quero dizer é que o filme é mais pé no chão com uma visão do que é a guerra. Tá, mas que filme estamos falando?
“O filme narra a história de um soldado que se alistou por tradição militar familiar e por não poder pagar a faculdade. Durante a Guerra do Iraque, depois da vitoria em Bagdá, são enviados para o que seria uma missão de férias depois do conflito. Sem a vocação militar Matt Ocre entende o que é camaradagem e o motivo de muitos militares não quererem voltar para a casa.”
A Netflix, inovadora como é, sempre nos surpreende com produções originais, e dessa vez nos trouxe mais uma obra dirigida por um brasuca, Nícolas Coimbra amigo de José Padilha, que mostrou que sim, podemos dirigir filmes com qualidades excepcionais. No filme vemos a relação de um soldado com sua pátria e vontade de lutar, que na verdade são somadas em 0. Quem serviu ao exército sabe muito bem como podem atrapalhar soldados sem vontade e que ainda por cima simulam acidentes para não participar de missões, isso é comum em todas as forças. O personagem ao qual me refiro é interpretada por Nicholas Hoult conhecido por fazer outros filmes (o namorado zumbi nos cinemas e também piloto em desertos fumegantes). Nesse personagem é nítida a evolução que a trama trouxe, conseguimos entender bem seus sentimentos e torcer por ele também, vemos a parte humana dos sodados de uma maneira que poucos filmes nos mostram e isso foi o diferencial do filme. Sem dizer também a visão da população iraquiana a respeito da guerra. Ou seja, Castelo de Areia traz uma visão mais humana em ambos os lados do conflito, e acabamos torcendo para que dos dois lados ajam vitoriosos e menos desentendimentos.
Mas acho que o principal do filme é mostrar que numa guerra quem sempre perde é a população, claro, ainda mais quando a nação invasora ataca com tudo que tinham e em dias conquistam a capitão iraquiana em total exemplo de presteza numa guerra convencional. Mas e depois? Depois é que vem o problema, e em Castelo de Areia vemos algo muito irônico, no caso aqui, o poderio dos EUA contra uma estação de bombeamento de água que mesmo com engenheiros formados em faculdades de qualidades não conseguem nunca fazer ficar pronta. Outra parte muito boa também é quando o soldado Ocre tem um diálogo com um iraquiano onde vemos o espanto dos dois ao perceberem qual diferentes são seus países, ainda mais quando Ocre descobre que no Iraque ninguém paga para estudar, nem para se formar engenheiro. Realidades opostas.
O que temos então é um filme excelente que não é apenas mais um filme, mas é aquele que vai te fazer pensar sobre todo o mundo e suas reviravoltas. Vale muito a pena assistir.
É isso aí turminha! até a próxima e não esqueçam de inserir o e-mail de vocês para sempre receberem nossas atualizações aqui no site. É bem simples, só inserir o e-mail e já era! E agora fiquem com o trailer do filme:
https://www.youtube.com/watch?v=qmjCCyw0-Gs