******************************NÃO contém spoiler******************************
Minha fascinação por vampiros só é suplantada pela minha fascinação por feiticeiros e seus derivados. Drácula em especial, sempre foi um ser que me muito me intrigou… e essa minha fascinação só aumentou após minha leitura do clássico “Drácula” de Bram Stoker. E como foi sensacional acompanhar este personagem novamente, mas desta vez através da série “Castlevânia” da Netflix. É uma animação tão espetacular, que me deixou embasbacado.
Após ter a esposa acusada de bruxaria e assassinada pela igreja, Drácula resolve se vingar liberando na cidade de Gresit toda sua ira, trazendo à tona às criaturas maléficas que lidera. Seu único objetivo é exterminar a raça humana e ele não poupará esforços para alcançá-lo. Paralelo à isto, acompanhamos o surgimento de Trevor Belmont, o último de uma linhagem de caçadores de vampiros e de outras criaturas das trevas. Sua jornada irá levá-lo ao encontro de outros dois personagens, formando assim um poderoso trio que terá como missão, não apenas derrotar Drácula, como matá-lo de uma vez por todas.
A série é uma adaptação de um universo de jogos que se iniciou em 26 de Setembro de 1986. Se tornando no ano seguinte uma referência para jogos de plataforma e ação. Possui mais de 30 jogos, distribuídos nas mais diversas mídias, e muitos são remakes de histórias consagradas dos jogos anteriores. Em 2005 a série ganhou uma adaptação em quadrinhos em 5 volumes, contemplada mais tarde em um volume único e que é a adaptação em arte sequencial do jogo para game boy dos anos 90 chamado “Castlevânia: The Adventure.”
Eu infelizmente não possuo o background dos jogos, exatamente por não ser muito fã de vídeo games no geral. Meu único contato prévio com a história foi com a leitura da HQ, a qual irei comentar mais a frente. Portanto, não poderei dizer se a série da Netflix é ou não uma boa adaptação dos jogos. Caso alguém tenha este background e tenha assistido a série, fique a vontade para contribuir através dos comentários.
O que posso dizer é que a série em questão é fabulosa em todos os quesitos imaginados. O roteiro é de Warren Ellis e a direção de Sam Deats. As cenas de ação são espetaculares e os personagens são incrivelmente bem trabalhados. O trio de protagonistas é um dos melhores que já tive a oportunidade de conhecer. Acompanhá-los foi gratificante e emocionante. E o melhor de tudo, a série ainda traz elementos mágicos, que me fizeram surtar. Eu amei tanto que assisti as 2 temporadas já disponíveis, uma atrás da outra. A primeira possui 6 episódios de 23 minutos cada um e a segunda temporada possui 8 episódios possuindo o mesmo tempo de duração cada um. É sem sombras de dúvidas uma das melhores animações que já assisti. E uma terceira temporada já está sendo produzida, o que me deixou eufórico. Tudo impecável, da arte, do roteiro às cena de ação.
Tantos elogios não se estendem a HQ. “Castlevânia: The Belmont Legacy” é péssima. Não gostei do roteiro, não gostei da arte e achei extremamente enfadonha. O quadrinho não possui emoção e os personagens são porcamente trabalhados. Muitas relações não fazem sentido, o que faz com que as atitudes de alguns personagens e seus psicológicos não possuam peso narrativo e consequentemente soam deslocados. O arco adaptado nada tem a ver com a série, e eu gostaria de deixar um aviso: Passem longe desta HQ! É Uma perda de tempo e não dá pra se aproveitar nada. Li algumas resenhas a respeito e percebi que nem quem é jogador assíduo dos jogos e fã inquestionável do universo considera tal adaptação digna de atenção. Foi claramente uma adaptação com a infame tentativa de lucrar em cima do sucesso da franquia. Trata-se do protagonista Belmont que após se casar precisa lidar com o ressurgimento de Drácula, tendo que embarcar em uma jornada para matá-lo. Uma HQ ótima pra quem sofre de insônia… pois com certeza você sentirá sono a dar início a leitura.
“Castlevânia” é mais um acerto da Netflix. Muito em breve reassistirei, e acredito que até a terceira temporada estrear, esta minha atitude será algo recorrente. Animação de primeira que me deixou com o sorriso no rosto e que merece ser assistida por todo mundo que aprecia produções de qualidade. Belmont, Alucard e Sypha deixaram saudades…. Assim como os demais personagens. Nesta altura do campeonato, já posso afirmar sem medo de errar que Drácula é um dos melhores personagens já criados. Tem espaço garantido em meu coração ao lado desta fabulosa série que ganhou mais um fã.
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