CRÍTICA DO FILME OPERAÇÕES ESPECIAIS
Este filme foi lançado no ano de 2015 e conta com atores da globo, pra variar. Então temos Cléo Pires, Marcos Carusso, Tiago Martins entre outros que sempre vemos na plim plim.
Este filme segue o mesmo estilo que Tropa de Elite, digo o mesmo estilo porque tem a polícia boa e a má. A narrativa é bem envolvente e evolui com o passar da história. Então vamos ao enredo:
O longa começa com a nossa personagem principal Francis em mais um dia de trabalho, mostrando sua vida chata de pós formada em turismo, em mais um dia comum na rotina da personagem, ela está indo trabalhar no hotel. Vemos nesse momento uma personagem mulher, mulher mesmo. Mas um assalto a um hotel com gente armada pode mudar tudo, certo?! Certo, pode sim. Na conversa entre colegas, após o ocorrido e observando uma delegada, pegando o depoimento de um segurança bem mala, ela resolve então repensar sua vida. Sabe aqueles papos que falam: “vão abrir concurso pra polícia Civil, já que você tem um diploma universitário você poderia fazer esse treco”. Então a protagonista faz a prova e depois de um tempo vem o resultado.
No curso ela passa com destaque em muitos exercícios. Aí você pensa que a ação vai começar… Só que não. O início de um policial Civil é puramente administrativo e a personagem até comenta isso. Mesmo com o ambiente tenso devido a invasão dos morros do Rio em 2011 ela não se importa e fica tranquila em seus serviços administrativos. Mas tudo muda quando ela recebe uma ligação que a coloca em frente ao perigo.
A evolução da personagem começa nessa parte da trama. Vemos uma policial sem experiência em campo indo para a ação, junto com policiais que já estão acostumado com o balacobaco. No decorrer da trama vemos homens fazendo coisas de policiais e indo resolver as pendências do caso de uma cidade fictícia no interior do Rio. Com a intervenção da polícia, muitas outras cidades foram invadidas por bandidos oriundos dos morros “conquistados” pela polícia. Agora imagina uma cidade pequena sendo corrompida por bandidões? É claro que a corrupção e troca de favores vai aparecer na trama com tudo isso. É nessa parte que vemos também que o roteiro segue parecido com Tropa de Elite, Pois é inserido a corrupção no meio da segurança pública. Esses policiais do bem, não são o bope, são apenas policias bons sendo comandados por um delegado linha dura, que não tolera falcatrua e corrupção. A trama se baseia nesses conceitos: Polícia boa contra sistema corrupto e uma mulher tentando ganhar a experiência e respeito dos colegas.
O filme todo eu fiquei com vontade de dar um tiro na Francis de tão medrosa e mole que é. Pois ela ficou quase que o filme todo se enrolando para conseguir dar um tiro em alguém. Muitas vezes seus colegas ficaram em perigo por falta de ação da investigadora. Isso trouxe mais apreensão no filme fazendo-nos perguntar se aquela mulher iria fazer algo de útil. Fiquei com raiva muitas vezes quando a mulher não conseguia atuar como uma policial deveria atuar.
Enfim, o roteiro do filme é muito bom, nos prende do começo ao fim com ação feitas desde perseguição policial com viaturas e também a pé. O roteiro mostra uma evolução na história muito boa e há uma cena muito real, que é quando os cartuchos do fuzil são projetadas em direção aos braços da protagonista. Quando aquilo sai da câmara do fuzil sai muito quente e queima a pele ao tocar. É muito raro ver um filme mostrando esses detalhes. Com exceção em alguns filmes de guerra. A jornada do herói é bem visível e ajudou a nortear o filme, tendo a parte cotidiana, a motivação, mentor entre outras.
Já a atuação dos atores deixa a desejar e, muitas vezes não convencendo, inclusive da dona Pires. Já o delegado é muito bem atuado e aceitável; as criticas para esse filme são sempre as mesmas, roteiro bom com atuação nada boa. Salvo algumas exceções.
Não conhece o filme? Veja o trailer abaixo.