******************************CONTÉM spoiler da temporada anterior******************************
Não consigo imaginar um anime que se iguale ou supere a qualidade técnica de Demon Slayer. A criação fantástica e sombria de Koyoharu Gotouge é de uma qualidade indescrítivel e Demon Slayer: O Castelo Infinito era um dos lançamentos em que eu mais estava ansioso para conferir. Sucesso incontestável e recordista de bilheteria mundo a fora, o atual rei das animações é um filme que honra o legado dos arcos anteriores e nos deixa eufóricos para que a segunda parte seja lançada o quanto antes. A primeira parte do tão esperado desfecho final, chegou em nossas mãos e agora só nos resta torcermos pelos nossos heróis caçadores de demônios.
Ma seria Tanjiro e seus amigos capazes de realizarem a mais audaciosa de suas missões?
Após a morte de Kagaya Ubuyashiki, Hashiras e caçadores embarcam na batalha mais insana de suas vidas: enfrentar os Luas Superiores e finalmente derrotarem Muzan Kibutsuji, o rei dos onis. Presos no castelo infinito – um cenário vivo que mistura 2D com 3D – , protagonista e aliados precisam superar suas forças e psicológicos para que consigam chegar onde nínguem nunca conseguiu e com isso darem fim a escuridão que domina o mundo.
Conhecido pela perfeição de sua animação e pelas cenas de ação inigualáveis, Demon Slayer desacelera um pouco e apresenta um filme mais introspectivo, mais emocional e mais panorâmico no que diz respeito ao arco de seus personagens. Vilões e heróis dividem a narrativa com digressões que abordam seus passados e trazem mais profundidade e intensidade para o desenvolvimento da história; gerando também empatias inesperadas.
Contudo, tais interrupções – que poderiam ter sido disseminadas nas temporadas anteriores – também causam uma ruptura nas batalhas, o que acaba tirando um pouco da adrenalina de tais momentos, o que não ocorre nas temporadas que sucedem o arco atual – talvez tivesse funcionado melhor em série do que em filme – . A trilha sonora, os diálogos e reflexões continuam fora de série e Demon Slayer parece que veio para reforçar o posto de animação das animações. Não é exagero afirmar que o mesmo merece ser aclamado e aplaudido de pé.
É um excelente começo do fim e Demon Slayer: O Castelo Infinito me fez sentir ainda mais orgulho de ser otaku. Peca as vezes no ritmo, mas continua sendo um anime que ocupa com maestria um lugar no meu olimpo de animações, estando entre as melhores das melhores.