
Falcão e o Soldado Invernal | Disney+

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Os heróis são sempre heróis. Não importa a cor, o dia, as circunstâncias ou até mesmo as responsabilidades que de tal posição advém. Com ritmo e estrutura muito parecidos com as já conhecidas obras do MCU, Falcão e o Soldado Invernal caminha de maneira a explorar e consolidar ideias já iniciadas nos filmes anteriores – reforçando principalmente a que este parágrafo inicia – indo a fundo nos psicológicos, inseguranças e amizades dos heróis; a dupla que dá nome a série e que nos desperta a euforia e satisfação digna e proveniente de uma boa história capaz de satisfazer os fiéis e bons fãs. Protagonizando cenas e diálogos que por vezes são profundos e emotivos, os protagonistas carregam e surpreendem pelo peso dramático e pelos simbolismos que representam.
A trama dessa vez focada nos dois excelentes coadjuvantes da franquia, entrega excelentes cenas de ação e transições narrativas bem elaboradas, que ditam o ritmo e que não se perdem em meio as tramas e subtramas que paralelamente são desenvolvidas e que colaboram para a solidificação dos personagens e suas relações, sejam elas pessoais ou interpessoais. O que possibilita ao telespectador criar elos e significância acerca de suas motivações e posições “reacionárias”.
O enredo e a direção demonstram com segurança seus alinhamentos, dignos de bons planejamentos que prospectam bons futuros aos personagens, e que nos instiga a querermos continuar investindo nesse universo, que mesmo com seus mais de 10 anos de desenvolvimento, ainda não demonstra desgaste e ainda surpreende pela capacidade de elevar a empolgação dos fãs e público em geral.
As inserções de novos personagens e referências aos quadrinhos, não trazem possíveis dificuldades adicionais que poderiam impactar aos telespectadores desconectados das obras originais, causando a incompreensão do que está sendo nos dito, já que a narrativa se desenvolve de maneira a posicionar as peças de forma facilitadora, sem que por vezes seja necessário buscarmos além do que nos é apresentado. Tampouco as mudanças realizadas incomodam (acredito eu) os leitores e conhecedores dos personagens e seus arcos. O que mostra mais uma vez o quanto o universo Marvel é orgânico por si só.
Os vilões são bem trabalhados e por mais que exerçam os mesmos papéis de sempre, sem trazerem grandes camadas e backgrounds, funcionam e ganham grandes tempos de tela, protagonizando bons momentos, bons diálogos e despertando boas reflexões. O que surpreende principalmente pelo bom desenvolvimento de John Walker, o novo Capitão América, o antagonista, que oscila entre as boas e questionáveis ações, que graças as suas ambiguidades, possibilita as corajosas decisões tomadas ao longa da narrativa.
Falcão e o Soldado Invernal emociona, coloca os personagens em novas, satisfatórias e elevadas posições; e mais uma vez acerta em cheio na abordagem, que não oscila, não confunde e não soa desconectada com as propostas anteriores. Uma série que é mais um acerto da Disney, que como uma boa narrativa faz valer cada minuto do nosso tempo investido.