

Lupin (Parte I) | Netflix
CríticaSéries 26 de março de 2021 Fernando Lafaiete 0

*******************************NÃO contém spoiler*******************************
Um rapaz acima de qualquer suspeita; um roubo inesperado no museu do Louvre e uma investigação atrás de alguém que parece ser invisível. Uma trama frenética e repleta de revelações que te imergirão em um mundo de corrupção, segredos e a luta por justiça. Tais descrições tratam-se de alguns dos aspectos de Lupin, a série francesa de enorme sucesso da Netflix inspirada nos romances de Maurice Leblanc, cujo protagonista é o equivalente francês de Sherlock Holmes. O que deveveria ser considerado mais do que suficiente para que você confira esta série.
Omar Sy (protagonista do fabuloso Os Intocáveis de 2011) é o personagem central e nos entrega carisma, dinamismo e comicidade através de sua atuação bastante convincente. O ator parece muito confortável no papel e sua interação com os demais personagens da série são orgânicas, de maneira a nos despertar empatia por todos eles. A direção é ágil assim como o roteiro, que nos envolve e nos faz consumir os episódios em uma velocidade impressionante.
Os cenários são muito bem explorados e trazem um panoramo bacana de Paris em todos os aspectos (navengando pelos pontos turísticos e pelos espaços periféricos da mesma). Os vilões e reviravoltas da série são fabulosos e os caminhos narrativos escolhidos não são inovadores, mas são bem utilizados. Os backgrounds apresentados contribuem para a formação do protagonista e solidifica com esmero toda a jornada do mesmo, tornando tudo muito mais palpável. A série é de fato muito inteligente e assertiva no que se propõe.
Entretanto, devemos nos desprender totalmente da realidade para aproveitarmos todas as camadas que a sustentam; já que a série é repleta de momentos extremamentes absurdos e irreais que facilitam bastante as jogadas do personagem central. Alguns planos e armações são desenvolvidos de formas que considerei fáceis demais de serem colocadas em ação. Algumas cenas não são totalmente explicadas e alguns momentos me fizeram rir de tão simplicados que são entregues a nós meros mortais, os manipuláveis telespectadores. O que me divertiu horrores, mas também suprimiu totalmente minhas expectativas em relação a tensão que imaginei que fosse encontrar.
Em suma, Lupin é o tipo de série perfeita para se maratonar. Dinâmica, divertida e com uma boa pegada literária. Sendo dividida em duas partes – cuja segunda estreará em breve – é o tipo de história para se assistir com toda a família ou com os amigos. Uma trama que promete e entrega uma boa história de justiça onde torcermos para o mocinho alcançar seus objetivos como se mais nada mundo importasse. Indico de olhos fechados tanto pra quem gosta ou não da temática da série.
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