******************************NÃO contém spoiler******************************
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Roteirista: Greg Rucka / Desenhistas: Liam Sharp & Nicola Scott
Editora: Panini Comics / 276 páginas (12 volumes)
Ler Mulher-Maravilha: DC Renascimento me desperta sentimentos conflituosos. Não acho as histórias sensacionais como deveriam ser e por mais que eu tente, meu lado fã, como alguém que a considera a melhor personagem feminina dos quadrinhos de super-heróis, não permite que eu releve algumas coisas. A trama mescla duas linhas temporais e dois arcos que se fundem dando origem a uma única narrativa. O início é bem confuso, já que logo no primeiro quadrinho temos mudanças temporais que muitas vezes ocorrem na mesma página. E o pior é que o espaçamento de um tempo pra outro, que deveria servir de contextualização para o leitor, é quase inexistente. Uma falha, ao meu ver, muito grave.
Com roteiro de Greg Rucka (cujo quadrinista não é dos meus favoritos), a história é pouco cativante e empolgante. As cenas de ação são quase nulas e quando aparecem, não despertam tanta emoção e adrenalina, fora algumas poucas exceções. Em Mulher-Maravilha: DC Renascimento temos o encontro de Diana e Steven Trevor, sua inserção no mundo dos humanos, sua dificuldade em se comunicar, a origem da Mulher-Leopardo (vilã do próximo filme da heroína), mistérios envolvendo as dificuldades da personagem em voltar para Themyscira, e cenas que já considero clássicas, que inclusive inspiraram e são quase idênticas algumas que aparecem em seu filme solo e no “fracassado” e mais que criticado Liga da Justiça.
Como se trata de duas narrativas que vão se intercalando entre um quadrinho e outro, temos também dois artistas diferentes trabalhando com Rucka. Portanto, vamos nos deparando com dois traços diferentes. Os traços de Liam Sharp, o qual nos deparamos logo no primeiro quadrinho (e que reencontramos nos quadrinhos de números impares) é bom. Mostra uma Mulher-Maravilha com fisionomias belíssimas, que chegam inclusive a hipnotizar o leitor (acredito eu) tamanho a beleza da personagem. Já os traços de Nicola Scott (os que aparecem nos quadrinhos de números pares) são estranhos, pra não dizer horríveis. A Mulher-Maravilha de Scott é masculinizada; seu rosto navega entre o masculino e o bizarro, o que a torna uma personagem estranha e que destoa bastante dos traços mais aceitáveis de Sharp.
Mulher-Maravilha: DC Renascimento traz em seus 12 volumes iniciais presentes no BOX que os reúne, um início fraco, aquém do esperado e muito abaixo do que a personagem merece. O Maravilha fica apenas no nome da heroína; espero que ele também dê as caras na narrativa dos próximos volumes.
Quadrinhos lidos: