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*********************************NÃO contém spoiler******************************

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Roteiro: Antonio Campos & Paulo Campos

Direção: Antonio Campos / Produção: Jake Gyllenhaal, Randall Poster, Riva Marker, Max Born / Gênero: Terror psicológico / Duração: 2h18min

Com diversas tramas ocorrendo “ao mesmo” em lugares distintos, mas muito próximos um do outro, a trama de O Diabo de Cada Dia, a adaptação do romance de Donald Ray Pollock se desenvolve de forma muito parecida com a do romance. Com a voz onisciente do narrador presente (o próprio autor a convite do diretor) entre uma cena e outra, acompanhamos a trajetória dos insanos personagens ao longo de passagens de anos e conforme suas relações e ações vão sendo apresentadas. Bastante fiel (na medida do possível) ao terror psicológico de Pollock, a adaptação da Netflix se prova como um bom filme, apesar de não ser tão voraz e impactante quanto a obra original.

A ambientação e personagens parecem ter saltado das páginas e se materializado com perfeição no filme, o que evidencia o bom trabalho do elenco e do diretor Antonio Campos. As atuações me surpreenderam e consegui desconectar sem dificuldades os atores Tom Holland (Arvin Russell) e Robert Pattinson (Preston Teagardin) de seus pápeis mais memoráveis ao público teen. Não há espaço para o Vampiro Edward e muito menos para Peter Park, o Homem-Aranha do universo Marvel.  Ambos os astros Hollywoodianos se destacam pelas suas intensas atuações; que vão desde trocas de olhares receosos, ameaçadores, até sotaques únicos que reforçam as características interioranas dos personagens.

O romance, intitulado por aqui pela editora Darkside de O Mal Nosso de Cada Dia, possui cenas fortes de assassinatos, palavrões e descrições consisas, mas bem inseridas, que destacam a insanidade dos personagens e que colaboram para toda a áurea  macabra da história. No filme, temos vislumbres destas insanidades, mas de forma bastante atenuada se comparada ao livro. Sejam pelas cores preto e branco que surgem na hora que cadáveres são mostrados ou através de cenas de psicopatia que são apresentadas de forma resumida; a verdade é que O Diabo de Cada Dia é uma boa adaptação, mas bem mais digerível que o livro.

As nuances da maldade humana são bem desenvolvidas, estão presentes e mostram no filme que o mal realmente existe. Apesar de ter gostado muito da referida adaptação, confesso que esperava algo mais brutal, mais visceral, que me impactasse muito mais. Contudo, indico de olhos fechados pra quem aprecia uma boa história e boas atuações. Seja no romance, seja no filme, a narrativa insana de Donald Ray Pollock nos mostra que se tem algo que devemos temer, é o ser-humano.

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