******************************NÃO contém spoiler*******************************
Autora: Lisa Maxwell
Editora: Plataforma21 / Gênero: Fantasia YA / Idioma: Português / 580 páginas
Viagem no tempo, magos, magia, alquimia e segredos. Um mundo para ser desvendado e uma magia para ser libertada. “O Último dos Magos” da autora Lisa Maxwell, não inova, mas diverte e nos imerge em um mundo interessante a ser explorado, com personagens muito bem delineados e com uma trama divertida, que acredito que tem tudo para agradar aos fãs de Cassandra Clare e V. E. Schwab. Em um mundo onde passado e presente se encontram, Esta, uma maga detentora de um poderoso dom, tem a missão de voltar ao passado para recuperar um poderoso e lendário artefato, impedindo que o mal vença uma guerra milenar. Navegando pelo tempo e enfrentando perigosas missões, a protagonista acabará descobrindo que o passado esconde segredos que podem mudar o futuro que ela já conhece. Em meio a incertezas e certezas, em quem confiar e até onde ir sem alterar a realidade a qual pertence?
Frear minhas expectativas com um livro de fantasia tão elogiado como a obra de Maxwell, me foi impossível, o que acabou contribuindo para a decepção. Repleto de clichês e coisas completamente óbvias que só a protagonista não percebe, me cansou e me fez revirar os olhos algumas vezes. Como um bom livro de fantasia YA, “O Último dos Magos” não foge de clichês como o romance entre a mocinha e aquele que ela supostamente deve deter, a protagonista que é apresentada como inteligente mas que consegue ser mais lerda que uma porta, diálogos expositivos e revelações previsíveis. De leitura fácil, “O Último dos Magos” tem a vantagem de ter bons personagens, com suas personalidades bem desenvolvidas e identificáveis; e com descrições capazes (acredito eu) de fazer o leitor se sentir na Nova York de 1902, de forma que transcenda a simples imersão literária.
Contudo, não consegui enxergar a necessidade das 580 páginas. O desenvolvimento narrativo é repleto de situações e diálogos repetitivos, onde a história caminha a passos lentos, deixando para o final os bons momentos; apesar das obviedades. O romance é legalzinho, não tomando o protagonismo da obra (o que é MUITO bom), mas também não chega a ser algo que faria muita diferença se não existisse. Toda a mitologia criada pela autora é mais que interessante, trazendo à tona personagens históricos que são bem inseridos, e que trazem um peso maior para a ambientação. Entretanto, a autora não sai da superfície de seu mundo, transformando o primogênito de sua trilogia em um livro bastante introdutório (mais que o necessário).
Os momentos finais não me surpreenderam em absolutamente nada. Como dito anteriormente, achei tudo mais que previsível, o que me fez ficar ainda mais incomodado com a burrice da protagonista. No final temos a cereja do bolo… O encontro da mocinha e do vilão, recheado de diálogos bastante didáticos, onde o vilão faz questão e precisa explicar as obviedades nos mínimos detalhes, pois se não for desta forma, a heroína da vez devido ao seu baixo QI não seria capaz de entender tudo por conta própria. É um livro legal, bom pra passar o tempo e divertido. Nada além disso!! Pra quem gosta de fantasia fácil de ler e de entender, “O Último dos Magos” é a leitura perfeita. Narrativa tranquila e enredo de fácil digestão.
PS. No primeiro parágrafo cito duas escritoras que gosto muito, devido a alguns momentos de “O Último dos Magos” que me fizeram lembrar obras dessas autoras. Não foi uma citação negativa, só pra deixar claro.
Eu não detestei “O Último dos Magos”, tanto que darei continuidade na série. Pra mim servirá como um descanso e algo para intercalar com fantasias mais complexas e pesadas. Achei legal, mas MUITO abaixo do que eu esperava.