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Palavras e Imagens – Crítica do Filme – 2013 Palavras e Imagens – Crítica do Filme – 2013
Sinto muito, mas acho difícil acreditar que alguém, mesmo professores, fale do jeito que Jack Marcus (Clive Owen) e Dina Delsanto (Juliette Binoche) falam... Palavras e Imagens – Crítica do Filme – 2013

Sinto muito, mas acho difícil acreditar que alguém, mesmo professores, fale do jeito que Jack Marcus (Clive Owen) e Dina Delsanto (Juliette Binoche) falam em Palavras e Imagens.

Uma suposta comédia/drama romântico do diretor Fred Schepisi, que melhor filme que vi dele é Iceman de 1984 (indicação do nosso resenhista Neto).

CRÍTICA DO FILME PALAVRAS E IMAGENS – 2013

Em Palavras e Imagens se acumulam em montanhas de diálogos pseudointelectuais, uma série de conflitos e subtramas que não levam a lugar nenhum e uma “guerra artificial” entre duas formas de arte diferentes que é tão vaga quanto boba. E tudo isso está a serviço de uma história de amor que quer ser, ao mesmo tempo, pungente e maluca, mas acaba sendo apenas fraco.

CRITICA PALAVRAS E IMAGENS

REPRODUÇÃO: CENA DO FILME

Quando conhecemos Marcus, ele está criticando seus alunos por sua falta de interesse no poder da palavra escrita, ao mesmo tempo em que afoga suas próprias mágoas na bebida. Ele é uma antiga estrela literária, ele não publica nada há anos, seu relacionamento com seu filho mal está, e ele está enfrentando uma avaliação de desempenho de um conselho escolar hostil.

Então entra Delsanto, uma artista célebre que está enfrentando sua própria crise pessoal, com uma espécie de doença que está prejudicando sua capacidade de pintar. Os dois têm um começo tipicamente amargo, lançando insultos para frente e para trás, embora logo fique claro que Marcus está intrigado com a artista resistente.

ENREDO DO FILME

Marcus decide que a maneira de animar seus alunos, e talvez esquentar as coisas com Delsanto, é declarar uma “guerra” entre palavras e imagens que determinará qual é melhor para comunicar ideias e significados. Embora toda a escola se envolva na guerra, não acontece muita coisa até o final do filme. É muito falado em diálogo (“Mas e a guerra?”), enquanto nos sentamos em uma série de escaramuças contínuas entre Marcus e Delsanto, bem como outros incidentes aleatórios que não fazem muito para avançar a história.

O primeiro problema com tudo isso é que Marcus parece um idiota grosseiro. Ele é rude, barulhento, condescendente e simplesmente irritante, o que torna difícil sentir qualquer empatia, o que devemos eventualmente sentir, por ele quando seus problemas vêm à tona. Uma revelação no final da história não lhe faz nenhum favor e parece planejada para acontecer apenas para que ele possa cair em outra pirueta da qual ele deve subir. Delsanto parece igualmente mal-humorada, e quando as faíscas românticas eventualmente voam, simplesmente não parece nada natural. Tanto Owen quanto Binoche são bons atores, mas seu trabalho aqui é excessivamente forçado.

filme palavras e imagens

A própria “guerra” entre a palavra escrita e a imagem pintada parece sem sentido, por que deveria haver uma guerra? O concurso final gira em torno dos alunos de Marcus escrevendo algo inspirado em uma pintura feita por um dos alunos de Delsanto – o que significa apenas que as duas formas de arte já se complementam. Precisamos de um filme inteiro para nos dizer isso?

CONCLUSÕES FINAIS

Outras subtramas vêm e vão, como um estudante do sexo masculino que saiu do set de Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society), obra da qual este filme empresta muito… intimida uma garota que resiste a seus avanços.

A chefe do conselho escolar é uma mulher (Amy Brenneman) com quem Marcus teve um caso. No entanto, parece mais um preenchimento de tempo à medida que avançamos em direção ao final e fingimos se importar se Marcus salvará seu emprego ou quebrará a armadura emocional de Delsanto.

Mesmo essas resoluções parecem superficiais.

A direção de Schepisi acaba se tornando irritante: ele está constantemente empurrando os rostos do ator com a câmera para dar a tudo isso uma sensação de urgência e peso que simplesmente não existe. Quase nada do que acontece em Palavras e Imagens parece crível. O drama é duro e o humor quase inexistente. Nem as palavras nem as imagens podem fazer muito para tornar esses personagens e essa história envolventes.

CRÍTICA DO FILME PALAVRAS E IMAGENS – 2013

[stellar]
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Wesley

Formado em Letras, fascinado pelos livros de Harlan Coben e também escreveu alguns livros, como Sobrevientes do Apocalipse, A Porta Oculta e Sete Almas

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