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Não entre na propriedade…

Com dezesseis anos, Benella preocupa-se com duas coisas: evitar os dois meninos da aldeia que a atormentam e encontrar comida para ajudar a alimentar sua família. Infelizmente, as melhores frutas e legumes selvagens estão perto de uma propriedade escura e enevoada, habitada por uma fera implacável.

A fera pune todos que entram…

Quando seus atormentadores a bloqueiam atrás dos portões maciços, Benella sabe que seu destino está selado. No entanto, o destino não é o que ela espera. Seu encontro com a fera inicia um estranho ciclo de barganha pela sua liberdade. Uma liberdade que a Fera parece determinada a não ceder.

Primeiro livro da série “Contos da Fera“.

Benella é uma adolescente muito inteligente e meiga. Com apenas dezesseis anos, ela aventura-se na floresta para procurar comida, de modo a alimentar a sua família. Suas irmãs mais velhas, Blye e Bryn, ocupam-se com dotes mais “femininos”. Blye é costureira e Bryn cozinha maravilhosamente bem.

Por serem muito pobres e por seu pai não receber um salário bom como professor, as meninas fazem o que podem para conseguir dinheiro, mas sempre fica ao encargo de Benella fazer as barganhas com o Padeiro, o Vendedor de velas ou os outros moradores da vila.

Em uma dessas ocasiões, Benella vai até à padaria, mas fica escondida, pois, prefere fazer negócios com a mãe do padeiro, já que ela aceita troca de alimentos por pães e farinha, e ele não aceita nada, a não ser moedas. Escondida, ela presencia uma cena íntima e desagradável, que resulta no ódio dos filhos do ferreiro, que tentam a todo o momento prejudicá-la.

“A dupla tinha visto a minha expressão e, de alguma forma, sentira que eu havia visto a mãe deles com o padeiro, e começaram a me seguir. Esquecendo-me das cenouras na bolsa pendurada em meus ombros, eu correra e eles continuaram a me perseguir”.

Sempre buscando alimentos para a sua família, Benella vai até à propriedade da Fera, pois lá, em uma parte do muro, ela encontra as melhores frutas e legumes. Porém, com as perseguições de Tennen e Splane, se torna cada vez mais difícil não adentrar os portões da propriedade e “a Fera pune todos os que entram em seu território”.

“Tennen falava a verdade, e eu lutava contra as trepadeiras que amarravam os meus punhos. A fera não perdoaria a terceira invasão. Eu me contorci, me torci e arfei conforme lutava contra as amarras. A dor consumia meus punhos a cada puxada e torcida frenética, e meus dedos ficaram escorregadios. Meu cabelo se soltou da trança comprida e se emaranhou diante do meu rosto, impedindo minha visão”.

Por mais que invada a propriedade, a Fera não parece querer matar Benella, pois sempre a ajuda, oferece-lhe alimentos e tenta convencer a garota a ficar ao seu lado na propriedade, mas, ao mesmo tempo, vive irritada com ela, principalmente quando a jovem lhe fala algumas verdades. Benella, por outro lado, só quer ajudar a sua família, ignorando todos os pedidos da Fera.

“- Quer saber por que digo não com tanta consistência? – Não esperei que ele respondesse. – Como posso falar que ficarei, obedecerei suas ordens, quando vejo a quantidade considerável de crueldade e raiva em você? Como vai descontar isso em mim quando eu for sua e obedecê-lo?

Com um misto de conto de fadas, aventura, suspense e cenas picantes, “Perversão”, é uma ótima releitura do conto clássico “A Bela e a Fera”. A narrativa é simples, as cenas são fáceis de entender e os personagens cumprem com o seu papel na história.

Para você que ama “A Bela e a Fera” ou histórias recheadas de fantasia, paixão e reviravoltas eletrizantes, recomendo a leitura. Após lerem, deixem a opinião nos comentários.

 

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