Siiiim, amiguinhos. Hoje venho até vós com a resenha de um dos MELHORES livros que eu já li na minha pífia vida. A Lenda de Ruff Ghanor: O Garoto-Cabra. Tomo escrito por Leonel Fucking Caldela, baseado na trilogia de Nerdcasts Especiais de RPG Crônicas de Ghanor. Nunca ouviram falar do livro? Sem problemas, trago-lhes a sinopse desta obra-prima.
Nos confins de uma terra governada pelo dragão Zamir, ergue-se um mosteiro. Um garoto selvagem, dotado de poderes misteriosos, é encontrado pelos monges.
Seu nome é Ruff Ghanor.
Treinado desde cedo pelo rigoroso prior, Ruff se encaminha para derrotar o tirano. Ruff enfrenta as forças de Zamir e precisa liderar seu povo no combate. Contudo, antes de vencer o dragão, ele descobrirá segredos sobre si mesmo e seu mundo.
Ainda não estão convencidos? Tudo bem. Vou deixar aqui o áudio-drama de uma passagem do livro, com as vozes de Guilherme Briggs, Sérgio Cantú, Isaac Bardavid, Duda Espinoza e outros.
Bem, desde 2013 eu sou um grande fã do Jovem Nerd. Acompanho quase todo seu conteúdo avidamente, então não é surpresa que eu tenha escutado os Nerdcasts de RPG milhões de vezes. Mas, quando soube que A Lenda de Ruff Ghanor seria lançado, eu fiquei maluco. Queria muito ler. Mas por razões de força maior, entenda-se falta de grana, demorei algum tempo para fazer essa leitura. Já conhecia o trabalho de Leonel com o Código Élfico, que por sinal eu também resenhei e você pode conferir a resenha clicando aqui, então sabia que viria coisa boa. Mas o que veio foi muito mais do que eu esperava. Claro que, sendo uma obra baseada em algo já existente, eu procurava ver, a cada linha, uma conexão entre a história do jovem clérigo e as trapalhadas do grupo mais galhofa de todos. Sempre esperava alguma referência, desde a estátua de São Arnaldo vomitando arroz, ou alguma outra coisa a mais. Mas o que o Leonel nos trouxe foi algo que consegue encantar os leigos que não ouviram o RPG e maravilhar os “macacos velhos”.
Agora que eu dei essa introdução à resenha, quero comentar sobre toda a mística criada em torno do Monastério (eu sei que no livro é Mosteiro, mas eu estou muito acostumado com Monastério) de São Arnaldo. Quem joga RPG sabe que a classe dos clérigos tem poderes de cura, e são os mais próximos dos deuses. Essa ideia foi muito bem aproveitada no livro, com seus clérigos operando milagres em nome do Santo dos Miseráveis. Não quero me aprofundar mais nisso, mas é uma das melhores coisas do livro.
Passando para os personagens, temos primeiramente Ruff Ghanor, ou o Garoto-Cabra. Um garoto encontrado em um túnel por dois clérigos de São Arnaldo, e levado para o monastério. Sua vida é completamente moldada pelos rigorosos treinamentos. É interessante ver como Ruff vai se desenvolvendo ao passar dos anos. Como sua relação com Korin, seu melhor amigo, e Áxia, seu primeiro amor, vai sendo desenvolvida conforme o decorrer da história. E toda a mística em torno do garoto-cabra é algo muito interessante de se ver.
Korin, filho de guarda, é um garoto esperto. Muito esperto. Deive Pazos, ou Azaghal, descreveu o surgimento de Korin na história da seguinte maneira: Todo mundo nesse livro é um Goku. Precisamos de um Kurilin. Calma, ele não vai morrer trinta vezes no livro. Mas é que existem tantos personagens poderosos, que a trama precisava de um personagem mais humano. E Korin encaixou direitinho no papel. É interessante ver a lealdade que ele tinha para com Ruff, não importando a situação, não importando quando os dois tinham ideias divergentes, Korin seguiria Ruff até ao inferno, se precisasse.
O Prior, o líder do monastério, que podia ser o mais rigoroso dos mestres, mas também podia ser o mais justo dos juízes. Um homem que teve uma longa e triste vida, e buscou amparo nos braços de São Arnaldo. A história dele é muito emocionante.
Acho que não preciso falar mais sobre os personagens. Gostaria de falar de mais um ou dois, mas eu entregaria muito da trama, coisa que eu não quero fazer. Deixo apenas uma menção honrosa a Thodin, o mestre dos ferreiros. Pena que sua história não é tão aprofundada, mas ainda assim foi bem feita.
Considerações finais
Leiam esse livro. Sério, leiam mesmo. E também escutem os Nerdcasts de RPG. E joguem RPG. É a melhor coisa do mundo, principalmente se vocês querem se tornar escritores algum dia. Leonel Caldela não me decepcionou com esse livro e, francamente, acho que ele nunca irá decepcionar.
Então é isso amiguinhos. Essa foi a resenha de hoje. Se você quiser conhecer mais sobre o livro, vou deixar mais dois áudio-dramas para vocês apreciarem o trabalho muito bem feito de toda a equipe de dublagem. E se é a primeira vez que você acessa o Mundo das Resenhas, seja bem vindo. Siga o nosso site para não perder nenhuma resenha. Sigam nossas redes sociais e até a próxima.