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Resenha: Darkmouth – Shane Hegarty Resenha: Darkmouth – Shane Hegarty
Sabe aqueles livros pelos quais você acaba tendo um carinho diferente? Aqueles livros que você lê com atenção e entra dentro do universo? Então, se... Resenha: Darkmouth – Shane Hegarty

resenha por neto pires, darkmounth, os caçadores de lenda, darkmounth livro 1, shane hegarty, selo irado, novo conceito, editora novo conceitoSabe aqueles livros pelos quais você acaba tendo um carinho diferente? Aqueles livros que você lê com atenção e entra dentro do universo? Então, se você sabe do que estou falando, você deve ler essa obra maravilhosa de fantasia, ficção e aventura. O mais legal que achei dessa obra é o fato de ser irlandesa, sim, da Irlanda. Foi a primeira vez que vi um livro vindo daqueles lados e me surpreendeu.

De início achei que seria mais um “clone” de Percy Jackson, mas não. O que vi foi um livro original com sua essência e ritmo próprio. Outro ponto interessante é a quantidade de “lendas” diversificadas, vemos seres mitológicos desde Minotauros a wolpertingers. Isso acaba fazendo com que nossa imaginação trabalhe em um ritmo muito interessante, ainda mais quando temos ilustrações maravilhosas que nos dá o toque de detalhe final. Sempre gostei de livros com ilustrações de conceito. Isso, em minha opinião, faz com que nossa criatividade caminhe lado a lado com a do escritor, nos conduzindo à mesma linha de raciocínio que o dono da obra está querendo mostrar. Um exemplo disso é o inicio do livro que nos apresenta a região de Darkmouth, que está escrito como se alguém lesse para nós a história. Veja:

[testimonials user=” email=” name=” position=” photo=”]“A cidadezinha de Darkmouth aparece em poucos mapas porque pouquíssimas pessoas querem encontra-la. E, quando aparece em um, sua localização está sempre errada. Está um pouco ao norte de onde deveria, ou um pouco ao sul. Um pouquinho para a esquerda ou um pouquinho para a direita. Um pouco fora do lugar.”[/testimonials]

Vai dizer que isso não ajuda na narrativa? Claro que sim, ainda mais quando se trata do público mais infanto-juvenil, sem dizer também das imagens que seguem dando mais força para a nossa imaginação. É a idade em que as pessoas começam a se aventurarem em áreas mais longinianas e logo temos um livro não complicado de se ler, ainda mais com a narrativa sem complicações, sem palavras que complicam o desenrolar da história, mas o que se trata essa história?

O equipamento dos caçadores de lenda fazem as lendas se tornarem bolinhas de pelo

O equipamento dos caçadores de lenda fazem as

É bem simples… Tivemos no mundo inteiro relatos de criaturas místicas que por milhares e milhares de anos atazanavam a vida humana. A humanidade cansada de ser flagelada pelas lendas acabam fundando uma espécie de organização para proteger a humanidade das ameaças. Assim surgiram os Caçadores de Lendas, uma organização hereditária. Um negócio de família por assim dizer. O mundo inteiro, após a criação da organização, se livrou das lendas terríveis, exceto um lugar, Darkmouth.

O livro é rodeado de mistérios, a começar o motivo de Darkmouth ser a única região flagelada pelos seres místicos. Temos também a relação entre pai e o filho, ambos caçadores de lendas, que por sinal foi muito bem detalhada e escrita. Vemos de fato a intriga dos dois e o desânimo de Finn, o filho ainda não iniciado. Assim como a relação nada amigável que Finn alcançou em relação a cidade inteira, e não foi por motivos bobos, mas posso dizer por ele não ter sorte. Os diálogos também merecem destaque, já que foram muito bem produzidos e representam muito bem o dia-a-dia. Sei que pode não parecer muito, mas na cena que separei, eu dei risada com o que minha mente imaginou ao ler a passagem:

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“Na hora do café da manhã, o pai de Finn entrou na cozinha e começou a procurar algo em uma gaveta.

   — Como está se sentindo nesta manhã, Finn? […] Olhe, eu estava pensando sobre o que aconteceu ontem […] — É falta de prática com lendas de verdade que o está atrasando. É culpa minha, na realidade. Vamos consertar isso. Consegui uma Lenda para você lutar com ela.

   Finn engoliu o cereal.

  — Hum… É isso que você está procurando agora?

   Seu pai passou para outro armário, sua cabeça toda lá dentro enquanto ele procurava alguma coisa.”

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Isto é o basilisco do universo Darkmounth

Isto é o basilisco do universo Darkmouth

Algo muito importante de se destacar é a evolução que a obra possui. Nós conseguimos ver onde começa, desenvolve e finaliza. Ou seja, Finn, um garoto atrapalhado e sem força de vontade, mostra sua evolução como personagem que realmente cresce e mostra seu valor, nós começamos a torcer por sua mudança e por conseguir ser um garoto que consiga botar em prática o treinamento que seu pai preparou. Com isso vemos o crescimento e erros que ele comente, os momentos em que quase consegue. Mas há uma parte, no qual separei, quando Finn estava em apuros, que vemos que ele evoluiu como personagem a partir desse ponto:

[testimonials user=” email=” name=” position=” photo=”]”Ele se perguntou o que o pai faria nessas circunstâncias, mas logo se lembrou de que pai estava nessas circunstâncias e não estava se arrastando por uma escola à procura de um lugar para se esconder.
Talvez fosse melhor perguntar a si mesmo o que o pai iria querer que Finn fizesse nessa situação. Entretanto, ele sabia que, definidamente, não envolveria se arrastar por uma escola á procura de um lugar para se esconder.”
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Mas e os outros personagens? Não vejo tanta mudança, uma pelo fato do pai de Finn, Hugo, já ter evoluído o que tinha para evoluir, e pelo fato dele não ser o principal da história. Mas e os outros? Vemos uma mudança em relação ao pai de Emmy, que finalmente deixa sua filha fazer o trabalho de um caçador de lendas. Também há a parte em que Steve mostra seu lado altruísta, o que me deixou realmente animado, já que até então o pai da Emmy estava sendo um cara trivial.

Em resumo, digo que o livro deve ser lido, ainda mais quando se quer saber a continuação da história que não termina no primeiro livro. Em sua continuação, provavelmente podemos ver o desfecho de todos os personagens, desde o sargento Doyle ao pequeno ser lendário vira-casaca Broonie. Como um livro de aventura, ele cumpre bem o seu propósito.

E você? Conseguiu ver os desfechos do livro? Acha que faltou algo? Comente embaixo e não esqueça de inscreva-se em nosso site e também no nosso canal do Youtube (NerdCubo). Até a próxima!

[stellar]
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Neto Pires

Não sou imune a erros, sou muito desligado e desajeitado, mas dá pra viver.

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