Hoje, galerinha do mal, iremos falar sobre um livro que é uma das muitas representações de ficção científica brasileira na literatura. Sabemos que a literatura nacional não é muito bem difundida pelos brasileiros, que, em minha opinião, é um erro fatal, já que esse gênero no Brasil é muito bem preparado por nossos escritores, tanto pelos vivos quanto pelos mortos. Há muitos livros excelentes que nos mostram uma realidade alternativa na qual poderemos nos tornar como sociedade, se deixarmos, é claro, certas coisas acontecerem. Sabemos que o extremismo é algo que não leva a nada e nos deixa desprovidos de muitas coisas necessárias para uma comunidade digna e honrada. É comum ver a ficção criticando a sociedade como ela é e como ela poderá se tornar, assim como a política também. Sem mais delongas, vamos para o Livro Delta; Ato 1
“Quatorze anos depois da catástrofe na antiga cidade Éden, Reen Kosh, um adolescente de dezesseis anos, envolve-se em um misterioso incidente que o introduz em uma intrigante investigação para descobrir o porquê de todas as câmeras das treze cidades quererem voltar-se exclusivamente para ele.”
O livro inicia-se com uma ação frenética, somos lançados num mundo onde não sabemos quem são os personagens, nem onde estamos ou como sairemos. Praticamente temos que viver a vida de Reen para saber o que está acontecendo. De início não sabemos nada sobre a cidade em que acontece a trama, vamos descobrindo aos poucos na narrativa e nos detalhes sendo ditos pelo narrador, que é Renn, afinal, a história é escrita em primeira pessoa, logo o que temos de visão é somente até onde a vista de Reen consegue alcançar. Particularmente não gosto de livros em primeira pessoa. Não que eu nunca irei ler livros em primeira pessoa, mas eu prefiro ter uma visão geral de tudo, já que a história é narrada com total conhecimento da área ao redor. No caso deste livro, temos apenas a visão de um garoto que vive sua vida de colegial e que só quer jogar “free step“, já que suas habilidades de futebol, basquete ou qualquer outra coisa é ridícula para o “padrão”
É possível ver claramente a influência de literatura teen no livro, principalmente quando ele fala sobre a dislexia de Reen, ou sobre o número X de cidades que estão ao controle do governo. Mas isso não quer dizer que é cópia ou algo do tipo. O autor cria seu próprio mundo com o que ele já conhece, em outras palavras, usou a influência teen e coisas que o leitor já conhece como base ao criar a visão do mundo através da narrativa.
Um dos personagens que me chamou mais a atenção foi o pai do protagonista, que foi criado de uma maneira muito criativa e única, principalmente com sua perna mecânica e a pura visão que ele tem sobre o governo e suas máquinas, tirando todo o ar misterioso que o homem carrega. Percebi que o autor não quis regionalizar a história em nenhuma parte do mundo, logo vemos uma coleção muito boa de nomes, cada um desses vindo de várias partes do mundo, logo mostrando um livro “cosmopolita”, se assim me cabe dizer.
Então galera! comentem, compartilhem escrevam-se no site! sigam nossas redes sociais e não esqueçam de ler o Livro Delta! aposto que irão gostar da literatura! até a próxima!