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Resenha Edgar Allan Poe – O Corvo e O Gato Preto Resenha Edgar Allan Poe – O Corvo e O Gato Preto
Duas Resenhas, Dois Clássicos de Edgard Allan Poe Nunca Mais! Primeiro, é importante citar que “O Corvo” que eu li, foi traduzido pela senhora Thereza Christina... Resenha Edgar Allan Poe – O Corvo e O Gato Preto

Duas Resenhas, Dois Clássicos de Edgard Allan Poe

Conto - O Corvo de Edgar Allan PoeNunca Mais!

Primeiro, é importante citar que “O Corvo” que eu li, foi traduzido pela senhora Thereza Christina Rocque da Motta. Por que é importante citar isso? Porque essa não é a única tradução dessa obra existente no nosso país, outras pessoas a traduziram também, como por exemplo Fernando Pessoa e Machado de Assis. Há inclusive um livro que reúne todas as traduções em uma coletânea, caso alguém tiver interesse.

Pois bem, me interessei de imediato pela tradução de Thereza, pela seguinte frase que ela diz no prefácio do livro: “A beleza estética nunca está acima do sentido. E, da mesma forma que a beleza está no olho de quem vê, a leitura deve ser sobremaneira compreensível.” Esta pequena citação me ganhou, porque penso da mesma maneira que ela, de que adianta ler um poema cheio de palavras complexas e não entender nada?
Também na introdução, antes do poema começar, é narrado um pouco da história de Edgar, o autor, mas não aquele tipo de narração básica que tem na contracapa de todos os livros, falando um pouco da vida de quem o escreveu, é uma narração que “se une” ao poema, por quê?

Bem, eu não fazia ideia que a história de Edgar era tão… Triste. E que a vida dele tivesse tido um fim de uma maneira tão abrupta, e é pra isso que serve essa curta narração, para que liguemos Edgar ao personagem do poema. Talvez aquele personagem não seja algo que a imaginação um pouco perturbada dele criou e sim, ele próprio.
Claro, que isso é apenas uma suposição de acordo com os fatos, já que ele morreu antes de poder dizer a alguém se era isso ou não, mas eu particularmente acredito que sim, como dizem por aí ” a vida se mistura com a arte.”

O Corvo, também tem toda uma simbologia por trás – ei, lembrem-se que tudo que escrevo aqui, me baseio em minhas conclusões, claro que pode e deve com certeza haver opiniões contrárias -, mas como estava dizendo, a simbologia por trás do corvo é a solidão. Ele representa a solidão pelo qual o personagem central do poema está passando, a tristeza, o sofrimento de ter perdido a amada.

A sensação que o poema consegue passar, é um tanto misteriosa e eu até diria assustadora.
Por que assustadora? Ah, aquele “nunca mais” ao fim de cada estrofe é meio sinistro.
E fiquei surpreendida pelo fato de um poema, que sequer é muito longo, ter conseguido me passar essas sensações.
O que me faz acreditar mais ainda que isso retrata o próprio Edgar, porque uma obra que fosse totalmente fictícia e que não envolvesse pessoas reais, não conseguiria me passar esses sentimentos.

De qualquer maneira, o Edgar merece os parabéns por “O corvo” e você precisa lê-lo imediatamente.


o gato preto - Edgar Allan Poe

Se você estiver procurando um livro curtinho e bom para ler, já encontrou!

Como já devem saber, o senhor Edgar é um escritor extremamente aclamado e este conto extremamente conhecido e, por indicação, resolvi lê-lo.

O Gato Preto, tem apenas 22 páginas e não pense que um número tão curto de páginas afeta a qualidade, muito pelo contrário.
O conto, é narrado em primeira pessoa, em estilo “diário/carta de confissão/carta de desabafo” por um homem, ou melhor, um maldito, safado, sem vergonha que mata um gato com requintes de crueldade – sou uma mega ultra power defensora dos animais, então mesmo que seja uma obra de ficção, não tem nem como descrever o asco que adquiri desse personagem logo na primeira página -, enfim, essa coisa que nem devemos chamar de homem mata um pobre gato e após esse assassinato, começa a ser atormentado e daí resolve escrever, relatando os acontecimentos.

Eu acredito que ser atormentado é pouco, deveriam pegá-lo e fazer com ele o mesmo que ele fez com o gato!
Mas, opiniões a parte, a partir daí a narração se desenrola com o narrador nos mostrando o quanto ele – o ser humano no geral, na verdade – pode ser desprezível.

Agora leiam e adquiram o mesmo nojo que eu adquiri por este homem.


RESENHA DOS CONTOS O GATO PRETO E O CORVO

ESCRITO POR EDGAR ALLAN POE

[stellar]
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Jaíne Belmonte

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