Respirando fundo… Vamos lá!
Bom, agora que já amanheceu e eu deixei o circo, vou começar a resenha.
Esse livro me deixou dividida, em alguns momentos ele não foi nada legal e em outros muito legal, vou começar pelo resumo dele e em seguida as críticas.
A história, como já nos mostra o título, fala sobre um Circo, um Circo diferente que só abre ao anoitecer e fecha ao amanhecer, embora esse Circo demore umas páginas consideráveis para aparecer. Este local é o palco principal de um romance, o romance entre Celia e Marco, que são oponentes em um desafio mas acabam se apaixonando um pelo outro. Óbvio que por eles serem adversários em um jogo, sua paixão é proibida. Mas agora, vou passar para as críticas que também envolvem resumos de acontecimentos.
O Le Cirque des Rêves é repleto de mistérios, ambientes fantasiosos e diferentes, o que requer uma descrição muito boa para que o leitor consiga visualizá-lo, aí entrou o primeiro problema. A Erin descrevia tudo com muito cuidado, mas quando se tratou da descrição do relógio do Circo, por mais que eu lesse e relesse não conseguia visualizar os mecanismos dele em funcionamento, acho que ela ousou demais criando algo extremamente complexo e acabou ficando confuso. Porém, ela descreveu O CIRCO bem, mas pecou absurdamente quando se tratou da vidente Isobel que lia o futuro das pessoas através de cartas de tarô. Por que ela pecou? Acredito que a maioria dos leitores não entende de tarô e tão pouco sabe os possíveis significados das cartas. Mesmo diante desse fato, nas cenas da vidente, ela retirava a carta e não explicava o que aquela determinada carta poderia significar. E eu me perguntava: “Será que ela acha que eu posso ler a mente da Isobel?”. Foi um erro realmente terrível, se não vai explicar, não envolve o tema na história Erin!
A respeito do romance central: teve um momento em que eu achei que a sinopse do livro estivesse errada, afinal, eu estava quase na metade do livro e não tinha visto nenhum resquício de romance entre o Marco e a Celia. Diga-se de passagem que esse personagem Marco ganhou o troféu de “cara mais imbecil” de todos os romances que eu li até HOJE. E se a intenção da autora era fazer as pessoas se derreterem com o romance proibido deles que demorou séculos para acontecer, não funcionou comigo.
Não preciso nem dizer que demorou, demorou, demorou pra começar o romance e quando começou foi aquilo né: deu um beijo só e já disse que ama. Ai ai, esse clichê me mata.
Ao longo da trama, o personagem que eu mais me identifiquei foi o Bayley, acredito que ele quem deveria ter sido o protagonista do início ao fim e não apenas no fim.
Mas mesmo diante desses pontos negativos que eu ressaltei, o final da história (embora histórias nunca tenham realmente um fim) me fizeram gostar do livro e dar quatro estrelas à ele, Bayley e os gêmeos Murray com seus gatinhos alaranjados fizeram valer a pena.
O desfecho do romance entre Celia e Marco não foi ruim, embora que o desfecho do outro romance de Marco tenha sido ridículo.
Eu deixo avisado, se você for ler esse livro em busca de ação, nem leia, você vai abandonar antes da metade. A história é narrada num ritmo muito calmo, os fatos se desenrolando lentamente, então quem não tem paciência pra esse tipo de narração, já viu… É abandono na certa.
Fiquei feliz em ver que a autora não quis forçar um final ambíguo para fazer uma possível continuação, afinal, esse é o tipo de história que pode muito bem ter início, meio e fim em um único volume, fazer outros seria pura encheção de linguiça, como estou me acostumando a ver por aí em algumas outras sagas.
Para um primeiro livro, a escritora foi bem, embora minha última crítica seja a seguinte: a história se passa entre meados de 1800 à 1900 e bolinhas, não é por isso que era preciso usar de palavras tão “diferentes”. Eu precisei ler com um dicionário do lado e pra um livro escrito em pleno século XXI, achei desnecessário.
Mas enquanto você aguarda o circo das tendas listradas de preto e branco chegar a sua cidade, dá uma passada no site de resenhas abaixo, garanto que você vai gostar.