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RESENHA – O MUSEU DAS COISAS INTANGÍVEIS – WENDY WUNDER RESENHA – O MUSEU DAS COISAS INTANGÍVEIS – WENDY WUNDER
Noah, o irmãozinho de oito anos de Zoe, tem uma síndrome rara. Ele aprendeu a ler quando tinha dois anos. Entende a teoria da... RESENHA – O MUSEU DAS COISAS INTANGÍVEIS – WENDY WUNDER

Noah, o irmãozinho de oito anos de Zoe, tem uma síndrome rara. Ele aprendeu a ler quando tinha dois anos.

Entende a teoria da relatividade de Einstein e já leu todos os livros do Stephen Hawking. É obcecado pelo cosmo e fala constantemente sobre isso, sem nem mesmo perceber se você está escutando ou não.

Apesar disso tudo, não consegue processar qualquer coisa irracional ou intangível. Emoções são um mistério para ele. Sonhar ou imaginar é algo totalmente estranho.

Zoe, para ajudá-lo, criou para ele, o Museu das Coisas Intangíveis, com instalações conceituais artísticas complexas, improvisadas no porão de sua casa.

Medo, inveja, coragem, despreocupação, verdade, perdão, vergonha: e tantos sentimentos que ela tenta ilustrar e definir para ele todos os dias.

Zoe acredita que Hannah, sua melhor amiga, não tem controle sobre as coisas intangíveis da vida.

Um dia, Zoe convence Hannah pegar a estrada juntas, e assim como fez com seu irmão, ela começa a expor sua amiga a situações que procuram mostrar o significado e o valor de todas essas coisas, fazendo com que ambas percebam o que realmente querem da vida.

O livro conta a história de Hanna, uma adolescente que vive na parte pobre de Nova Jersey. Por ter um pai alcoólatra e uma mãe ausente, devido a depressão, sua família se resume a personagem Zoe, com quem cresceu e é inseparável.

Embora sejam muito amigas, quase lendo os pensamentos uma da outra, Hanna e Zoe são bem diferentes. Hanna é a típica garota romântica e invisível. Muito correta, organizada e amável. É apaixonada pelo primeiro garoto que beijou, Danny Spinelli, vende cachorros quentes em seu carrinho, pois o pai se nega a pagar a faculdade dela no futuro e, principalmente, sonha em ser alguém diferente das pessoas que convive na escola.

Zoe, por outro lado, é o oposto de Hanna. Linda, comunicativa e espontânea.  Sempre chama a atenção por onde passa, principalmente dos meninos, mas, embora seja assim, Zoe também lida com seu transtorno bipolar, que a faz se sentir diferente das outras pessoas, quase como se fosse especial.

Zoe tem um irmão mais novo, Noah, que nasceu com uma síndrome rara, “Síndrome de Asperger”.  Para ajudá-lo a entender as emoções e ter um convívio social mais adequado, Zoe criou o “Museu das coisas intangíveis”.

“Como ele adora museus (já esteve no Museu de História Natural e no Planetário Hayden vinte e sete vezes), Zoe, para ajudá-lo, inventou o Museu das coisas intangíveis e cria mensalmente uma nova instalação no seu porão”.

Além de se sentir especial, Zoe acredita que os “alienígenas” estão entrando em contato para mandá-la para um exoplaneta, em volta de uma estrela anã, que fica entre as constelações de Cignus e Lyra.

A vida das garotas é extremamente comum. Saem da escola – que não ensina nada e quase não tem aulas – e se esgueiram para a escola particular. Hanna com o intuito de aprender e, Zoe, com o intuito de observar Ethan, sua paixãozinha.

“A entrada para o sótão fica na sala de educação infantil, então temos que cronometrar o tempo e esperar que as crianças estejam tirando suas sonecas. Escapulimos porta adentro, escalamos os brinquedos de estrutura de plástico, abrimos o alçapão e subimos, abaixando a portinha de madeira depois que entramos”.

A narrativa segue comum até que um acontecimento repentino altera o curso da história. Após ficar com Ethan em uma festa, Zoe muda completamente. Passa dias na cama, sem fazer absolutamente nada. Evita falar com Hanna, nem mesmo atende suas ligações. Ao mesmo tempo, Hanna também lida com seus problemas pessoais, como quando Danny a convida para um passeio.

“Ele sorri para mim, sentindo a mesma emoção que eu, posso perceber. Percebo porque o sentimento paira entre nós, como um elo. Quando você divide um sentimento com alguém, ele passa a ter peso e tamanho. Mesmo que você seja uma daquelas poucas pessoas que conseguem perceber isso, ele se torna uma coisa tangível, com características como forma, peso e calor”.

Além de Danny e seus problemas com a ex namorada, Hanna tem que lidar com o pai que gastou todo o seu dinheiro da poupança para a faculdade. É nesse momento que Zoe reaparece, tentando convencê-la de que precisam viajar no Dia de Ação de Graças. Sem entender muito o motivo da viagem, Hanna aceita e ambas planejam rapidamente sua rota de fuga.

Embora a viagem não seja apenas para ajudar Hanna, pois Zoe tem um propósito bem específico, ela acaba amadurecendo muito e parando de se importar com todos, inclusive seus pais. A fim de que a amiga aprenda a viver independente das pessoas, Zoe também cria diversas lições, assim como faz com Noah, para que Hanna vire autossuficiente.

“Zoe aperta a buzina, enquanto levanto a camisa e pressiono meus peitos de encontro ao vidro do carro. Uso a ponta da camisa para cobrir o rosto, assim não vejo a reação do caubói certinho aos peitos da garota de Jersey, que voa ao lado dele a cento e vinte quilômetros por hora”.

Eu recomendo a leitura por vários motivos, o principal deles é o valor da amizade. Após lerem, deixem a opinião nos comentários.

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Sthephanie Figueiredo

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