Mundo das Resenhas
Rubra: A Guerreira Carmesim: Minha admiração pelos autores brasileiros só cresce. Rubra: A Guerreira Carmesim: Minha admiração pelos autores brasileiros só cresce.
******************************NÃO contém spoiler****************************** Editora: Pandorga Autora: Gaby Firmo de Freitas / Gênero: Fantasia / Idioma: Português / 340 páginas Dragões extintos, Deuses destronados, magos... Rubra: A Guerreira Carmesim: Minha admiração pelos autores brasileiros só cresce.

******************************NÃO contém spoiler******************************

Editora: Pandorga

Autora: Gaby Firmo de Freitas / Gênero: Fantasia / Idioma: Português / 340 páginas

Dragões extintos, Deuses destronados, magos misteriosos e um rei estranho. Um reino construído sobre cinzas e seres humanoides escravizados por humanos sedentos por poder. São características como as que citei que você irá encontrar em “Rubra: A Guerreira Carmesim” da autora Gaby Firmo de Freitas. Romance este, vencedor do concurso cultural da editora Pandorga e lançado em 2016.

É em um Duine que animais capazes de adquirirem forma humana são caçados e escravizados em nome do rei. Os que escapam, buscam uma maneira de viver a margem deste massacre e desta escravidão. Os meia-orelhas, os seres que não são nem humanos e nem animais buscam uma forma de derrotar o rei e toda sua tirania.

Confesso que até o final do ano passado, nunca havia ouvido falar desta obra. Ao ganhar de presente de um grande amigo meu que estudou com a autora, resolvi folhear o livro para ver se o mesmo chamaria minha atenção. Apesar de possuir folhas brancas (algo que não aprecio), a edição é magnífica. Está muito bem revisada e possui ilustrações coloridas de alto nível produzidas pela própria autora. Minúsculos dragões de cores diferentes enfeitam os topos das páginas, assim como os títulos dos capítulos que possuem uma fonte muito bem escolhida, além de também serem grafados de formas coloridas. Um primoroso glossário é anexado ao final do livro e um mapa muito bem confeccionado é apresentado na página final.

A trama gira em torno principalmente do nascimento de Rubra, personagem que dá nome a obra. É um nascimento misterioso para alguns personagens, mas nada tão surpreendente para os leitores; já que é algo bem óbvio, principalmente tendo em vista o início da estória. Apesar de ser a personagem central, a narrativa da autora não se foca apenas nela. A polivalência de Freitas funciona muito bem e nos dá um bom vislumbre do resto do reino e de pontos de vista distintos. O que não nos deixa confusos nem acerca dos seres que fazem parte deste universo, nem de suas motivações. As cenas de ação são bem escritas, assim como todo o livro. Mas mesmo assim, senti que algo me impedia de imergir de corpo e alma. É tudo bem descrito, mas nada cansativo ou exagerado como o que costumo sentir ao ler autores como Tolkien e Robin Hobb.

“O som de ferro ecoava nos arredores. Como um murmúrio, seu tilintar anunciava a batalha indo e vindo como uma música pra aqueles dois desafiantes que dançavam diante da morte com suas lâminas sedentas pelo sangue um do outro.”

Não achei nada esplendoroso, mas achei um livro muito bom. O que me deixou feliz, ainda mais pela autora ser brasileira. “Rubra: A Guerreira Carmesim” traz bons momentos, boas reflexões e bons diálogos. A protagonista me incomodou e foi a personagem que menos me agradou. Seus momentos de inocência e infantilidades fizeram com que eu pegasse uma pequena implicância dela. Gostei muito mais dos demais personagens, em especial de Vast, que carrega uma personalidade que me agrada mais. Uma mulher empoderada que não baixa a cabeça e que age com espada na mão e sorriso no rosto. Tyrannie (a mestra de Rubra) também me satisfez bastante.

“[…] Qual o valor da vida quando não há nada para ser perdido? Uma vida sem coragem é uma vida sem sentido. Tema a morte e vai temer a vida. Viva sem medo e talvez algo vá valer a pena.”

Talvez o que mais tenha me agradado, é o fato de ter terminado o livro sem saber exatamente o que pensar de determinados personagens. São vilões ou são mocinhos? Que segredos escondem? Para quem devo torcer? Espero que o próximo volume me instigue ainda mais e que a protagonista cresça e que não permita que outras personagens ocupem em meu coração o espaço que deve ser dela.

“Nem tudo que é ouro brilha; nem todos que vagam estão perdidos; o antigo que é forte não desaparece; raízes profundas não são alcançadas pela geada.” (J. R. R. Tolkien)

[stellar]
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Fernando Lafaiete

O que vocês devem saber sobre mim? Me Chamo Fernando Henrique Lafaiete, mas vocês podem me chamar de China. Apelido este, dado pelos meus melhores amigos. Sou viciado em leitura, sou poliglota, auditor de hotel, professor de inglês, fã de fantasia, fã de livros policiais, fã de YA, fã terror e fã de clássicos. Luto ao máximo contra o preconceito literário que alimenta a conduta dos pseudo-intelectuais e sou fã de animes e qualquer coisa que envolva super-heróis. Amo escrever todo tipo de texto, em especial resenhas. Espero que minhas opiniões sejam de alguma valia para todos que tiverem acesso as mesmas. Sou sempre sincero e me comprometo a dividir minhas opiniões da maneira mais verdadeira possível. Agradeço o convite para fazer parte do grupo de resenhistas do site e que minha presença aqui seja duradoura.

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