Resenha por neto pires
Ataque zumbi… pensamos em quê?
Quando descobri coisas de zumbis, no final dos anos 90, eu era apenas uma criança. Assisti a um filme que passou num canal que não me recordo qual era o nome do filme, se não me engano era “A volta dos Mortos Vivos”. Lembro bem que eles queriam comer cérebro. Fiquei a infância inteira imitando zumbis pedindo por cérebro e rastejando pelos cantos… Coisas que acho que zumbis fariam. Mas não tinha a menor ideia de teorias de zumbis.
Com a vinda do playstation, acabei conhecendo mais jogos sobre o gênero. Aquele game da “Corporação Guarda-chuva” (hehehehehe) foi um exemplo dos meus primeiros conhecimentos e teorias de como alguém vira zumbi. Mas só fiquei somente nessas, não avançava muito no conhecimento, já que as teorias são sempre parecidas e sempre acontecem as mesmas coisas.
Algum tempo atrás conheci o escritor desse livro que resenho agora, não fazia nem ideia que ele escrevia. Lá estava eu conversando e dizendo que ia começar a escrever um livro. Nesse momento ele olhou para mim e disse: “eu já escrevi um livro”. Foi aí que fui apresentado a esse livro de zumbis. Confesso que torci o nariz quando descobri que o tema era de zumbi e também escrito em primeira pessoa. Mas não me desanimei e li mesmo assim! Umas das coisas que gosto é de coisas nacionais com qualidade. Já havia lido alguns livros nacionais contemporâneos, mas nada que me fizesse ficar surpreendido.
O livro Sobreviventes do Apocalipse começa com uma trama simples e sem complicações. Apenas é explicado que um centro de pesquisas localizada no Rio de Janeiro explodiu e começou então os contágios. O nosso personagem-narrador estava bem tranquilo quando sua vida mudou. O pai do garoto é militar, um general que estava a par da situação e voltou até sua casa para tentar salvar sua família. Fico me perguntando sobre os detalhes do projeto e o que planejavam fazer, mas não sabemos muitas coisas, só o bastante para a trama ter ação e nada de furos. O cenário do livro é totalmente baseado em lugares reais, que se passa em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Se você conhece as estradas narradas no livro vai ser muito mais fácil de imaginar a trama. Os detalhes das armas foram muito bons, (confesso que ajudei a renomear algumas para fazer mais sentido com a nossa realidade) já que o livro teve várias versões e eu li a primeira antes mesmo do lançamento. Uma coisa negativa foi o nome da guria, Misty, ninguém no Brasil tem esse nome, pelo menos que eu conheça, mas dá pra entender, já que esse livro era uma fanfic. Mas li o livro encarando que o nome da Misty fosse outro e que esse era o apelido dela. Sobre os personagens do livro eu digo: Thomas é um garoto de 14 anos, então ele vai fazer coisas de moleque, ou seja, ele corre sem pensar e acaba fazendo besteiras. O pai do Thomas é um pai, conhecedor e experiente na arte de atirar, já que ele é militar. A mãe do Thomas é uma mulher cadeirante; conheci uma pessoa que disse que ele poderia usar mais a mulher para prejudicar a vida deles correndo dos zumbis, mas se for ver por outro lado, isso só poderia acontecer se fosse um livro mais goty, mas como ele é um livro de aventura acredito que não daria tempo para elaborar tramas mais demoradas, talvez até atrapalharia na narrativa corrida que o livro possui, mas não disse que ela de certa forma conseguiu passar por esse apocalipse sem mais problemas, já que há partes que ela é carregada no colo para assim conseguirem correr mais rápido. (sorte que os zumbis são lentos). Conforme o livro vai avançando vamos conhecendo mais personagens que são fundamentais para a trama e garantir toda ação e aventura.
Conhecemos uma parte pacata do livro, onde tiramos férias junto com os personagens de tão tranquila que estão as coisas, esse período do livro é o meu favorito. O autores disseram que tiveram suas inspirações nos aspectos dos zumbis do livro que são parecidos com as do seriado que eles acompanham, aquele lá dos zumbis andarilhos (hehehe). Não tive nenhum problema em entender a causa da crise zumbi. É muito empolgante a leitura e você só para quando chega ao final do livro. Em relação ao Final, digo que esse foi o momento em que Thomas finalmente cresce e se torna alguém maduro. Muitas coisas aconteceram no mundo desde a tragédia, que ainda não foram exploradas, muitas foram causadas pela ação em que ele tomou, tipo: ciúmes, inveja e querer bancar o herói. E no final ele entendeu de fato o que estava acontecendo e como atuar em situações extremas.
Espero mesmo que esse universo de zumbi seja expandido, há muitas coisas que podem acontecer com esse tema, tipo: como reagiria o governo? Será que ele existiria por muito tempo? Será que o exército iria se divertir com a matança de zumbis? As nações se ajudariam?
Falando com os autores descobri que o livro terá sua última e definitiva alteração antes de eles começarem a escrever a continuação para o livro. E acredito que o livro terá um salto em experiência. A escrita é boa, mas por ser o primeiro livro sempre acaba faltando algo aqui ou ali.
Para quem acompanha o Wattpad dele sabe que o livro se tornou um sucesso por lá!
Resenha por Jeff Pereira
Ataque zumbi… pensamos em quê?
Um livro para quem gosta de zumbis e suspense, mas mesmo quem não gosta desses tipos de livros irá gostar que é o meu caso, claro. Mas o que tem nesse livro? Simples, tem coisas que muitos querem ver, matança de zumbis e pessoas, mas isso tudo acontecendo aqui no Brasil. Entre na pele de Thomas e sua família. Viva a vida deles. Compartilhe as surpresas que poderá acontecer somente num mundo apocalíptico.
Nada pode vencer o apocalipse, a menos que você tenha coragem para enfrentar criaturas que querem seu sangue e tudo mais. Não importa se essa criatura é sua mãe, ela vai querer um pedaço seu. Isso nos faz pensar o que faríamos se alguém que conhecemos virasse um zumbi.
O legal é o modo que foi escrito o livro. É todo em primeira pessoa e feito para se ler dinamicamente. Outro aspecto legal é que as localizações são muito reais, na verdade são pontos que existem e que foi descrito com muito cuidado e carinho, quem ler e conhecer os lugares irá reconhecer os pontos em que as personagens passam. Acho que uma coisa que não ficou legal foi o nome de uma das protagonistas que é de um desenho passado na teve, já que se passa no Brasil os nomes têm que ser no mínimo aportuguesado. Mas isso não estraga a obra. Eu na verdade encarei como um apelido.
Pra quem conhece essas coisas de zumbis vai achar uma semelhança, que acredito serem todos iguais essas coisas de zumbis, mas o que faz ser legal é a maneira de como é contada e a história que se passa como plano de fundo. Eu espero uma continuação desse livro, já que deu a entender que terá um.
Mas e sobre o moleque? Ele tem uma maturidade para enfrentar tudo? Na verdade parece que ele não cresce e fica de bico com quem enche as paciências. Eu achei legal, já que um garoto não amadureceria da noite para o dia. Talvez no final do livro ele tivesse seu maior crescimento e se ter uma continuação espero ver o que ele aprendeu e viveu explícito no livro, já que o livro narra eventos de um ano. Claro que um ano depois o Thomas deve ter vivido algo que lhe marcou na mente.
Para um livro de zumbis eu gostei, na verdade foi o único que não abandonei no meio do caminho.