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******************************NÃO contém spoiler******************************

O que justifica Stranger Things fazer tanto sucesso? O que faz da série da Netflix angariar a cada dia que passa mais e mais fãs? A série juvenil regada de referências históricas, referências do mundo nerd e repleta de homenagens a grandes escritores como Stephen King e H. P. Lovecraft, não é apenas mais uma série exclusivamente divertida. Ela explora caminhos nostálgicos e alimenta as crianças que vivem em nós. Apesar de eu ter ouvido muitos afirmarem que a série deveria ter terminado de vez na terceira temporada, devo dizer que discordo de tal afirmação. Afinal de contas, esta última e tão esperada season foi a que mais me agradou e emocionou; algo que sacramenta o que já disse no início deste parágrafo… Stranger Things vai muito além do apenas diversão.

Com momentos de tensão, com amizades sendo desenvolvidas e reforçadas, com sororidade, com relações familiares, com dilemas da passagem da infância para a adolescência e com um excelente equilíbrio de espaço de cena entre os personagens, a terceira temporada se prova como uma das mais bem dirigidas e equilibradas entre as três já disponíveis na famosa plataforma de stream. A criação de Matt Duffer e Ross Duffer traz de volta e de forma esplendorosa os anos 80, teletransportando os telespectadores para uma das épocas mais icônicas da história. É como se estivéssemos de volta a época retratada na série. O poder nostálgico é algo transcendental e mágico de forma mais que simplesmente imersiva.

Alguns dos atores se mostram ainda mais confortáveis em seus respectivos papéis e entregam atuações convincentes e recheadas de emoções. O roteiro dá espaço para que todas as subtramas tenham seus devidos momentos, o que nos leva a uma direção segura que mostra a montagem de todos os mistérios sendo realizada com maestria. Acompanhar o crescimento dos personagens e seus amadurecimentos é fantástico. A forma encontrada para mesclar o fantasioso com o real (no quesito questionamentos humanos, adaptações a uma nova fase e aceitações) transforma a terceira temporada na mais dramática e na mais melancólica. O que não se torna um problema, muito pelo contrário, humaniza os personagens e os aproxima ainda mais de quem está vidrado na série acompanhando cada momento sem piscar os olhos.

A sororidade apresentada (algo que estava faltando no grupo dos protagonistas) é incrivelmente bem inserida e se desenvolve de forma prazerosa, dando força para o movimento feminista muito em voga hoje em dia. Assim como a inserção da representatividade sexual, seja através de diálogos, de personagens ou de trechos subliminares. Além das diversas cenas de machismo que debate o espaço da mulher no mercado de trabalho. A terceira temporada está dominada de representatividades e debates mais que válidos e necessários.

O figurino e a trilha sonora estão impecáveis. Aliás, toda a direção de arte da série está de parabéns. Eu quase não tenho do que reclamar desta temporada. Poucos momentos me incomodaram, como algumas cenas cômicas que se estendem um pouco além da conta, alguns momentos de atuações que oscilam e alguns cortes de cena abruptos. Mas no geral achei uma temporada quase que perfeita. Stranger Things é uma série que indico e olhos fechados e que com toda certeza do mundo irá se tornar um clássico das séries, daqueles que assistir se tornará quase como algo obrigatório.

https://youtu.be/pfK5oCAK4oE

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