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******************************NÃO contém spoiler******************************

Autora: Collen Hover

Editora: Galera Record / Gênero: Thriller psicológico / Idioma: Português / 320 páginas

Um marido dedicado, uma escritora de sucesso em estado vegetativo e uma escritora a beira da falência a procura de trabalho, tendo a oportunidade de dar continuidade em uma das séries de livros mais bem sucedidas de todos os tempos. Uma premissa simples que me fez questionar… o que devo esperar do suspense de Colleen Hoover? Não sou um leitor assíduo da famosa escritora, tendo lido apenas “Um Caso Perdido”, uma de suas obras mais elogiadas, a qual considero superestimada. Portanto, embarquei na leitura de “Verity” sem muitas expectativas e fui surpreendido.

Tendo como base o plot citado no parágrafo anterior, acompanhamos uma narrativa misteriosa onde nem tudo é o que parece ser. Instalada na residência da escritora a qual irá substituir, Lowen Ashleigh se depara com manuscritos que podem revelar muito mais do que ela precisaria para dar início ao seu processo de escrita. Verdades obscuras começam vir à tona e podem colocar em jogo sua vida e a vida dos membros da família que agora faz parte. Com uma estrutura narrativa regada de cortes abruptos dignos de um bom filme de suspense, a autora vai nos envolvendo de forma hipnótica, mexendo com nossas emoções ao mesmo tempo que entrega revelações aterradoras. Entre a tensão sexual entre os protagonistas e as cenas de suspense, “Verity” se consagra como um bom thriller psicológico, desses para se ler na madrugada, roendo as unhas até que a última palavra do romance seja lida.

De sons descritos pela personagem central as cenas enigmáticas tanto de flashbacks quanto dos momentos atuais, a trama de “Verity” vai se desenvolvendo de forma assustadora, flertando também com momentos hots que tomam boa parte do livro. E é nesse quesito que vem uma de minhas críticas a obra. Sou o tipo de leitor que não possui paciência nenhuma para cenas de sexo em livros; e as do suspense de Hoover, apesar de muito bem escritas, são excessivas.  São tantas cenas à la50 Tons de Cinza”, que cheguei a ficar tão incomodado que cogitei pulá-las (o que obviamente não fiz).

Muito semelhante a um roteiro de filme, “Verity” surpreende pela escrita e construção de personagens, mostrando que Collen Hoover é uma autora perspicaz e competente o suficiente para navegar por outros portos, saindo de sua própria zona de conforto como escritora. Brincando de forma macabra com o processo criativo de escrita (um dos temas do romance aqui resenhado), a autora mergulha na psique dos três protagonistas, nos levando a um desfecho chocante e ambíguo que encerra o romance de forma psicótica. No meio de tantas manipulações e intrigas em quem devemos acreditar?

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