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Dragão Negro: Uma obra-prima de Chris Claremont e John Bolton?

por | jul 5, 2020 | HQ's, Resenhas | 0 Comentários

******************************NÃO contém spoiler******************************

Autores: Chris Claremont & John Bolton

Editora: Pipoca & Nanquim / Tradutor: Bernardo Santana / Idioma: Português / 204 páginas

“Dragão Negro”, o primeiro lançamento de 2019 da Editora Pipoca & Nanquim foi lançado com altas expectativas tanto por parte dos leitores, quanto por parte dos idealizadores da famosa editora.  Seja pelos nomes de peso dos quadrinistas Chris Claremont e John Bolton, quanto pelo sucesso do antecessor “Marada- A Mulher Lobo”… dos mesmos artistas. Independente das expectativas colocadas sobre a obra, a pergunta que todos se perguntavam (e que alguns ainda se perguntam) era: Vale realmente a pena a leitura? Posso dizer que sim e que não. Como toda obra, “Dragão Negro” tem qualidades e defeitos. Com ilustrações detalhadas e uma boa trama para ser contada, a famosa narrativa surpreende pela complexidade do enredo e pela capacidade imaginativa dos autores. Misturando fatos históricos com ficção, os escritores embarcam em uma jornada de autoconhecimento, explorando as camadas místicas da história, mesclando conflitos políticos e familiares em um desenvolvimento que parece ser a mistura de “As Crônicas de Gelo e Fogo” e “Conan”.

Publicada pela primeira vez em 1985 pelo selo Epic da editora Marvel Comics em 6 volumes, a HQ dessa vez vem em volume único, em uma edição de luxo, que conta com a história na íntegra, agraciando os leitores com excelentes extras (esboços originais e glossário destacando as figuras históricas presentes na história). Para quem gosta de fantasia no estilo Espada e Feitiçaria, não tenho dúvidas que “Dragão Negro” irá agradar. O ritmo narrativo navega entre o acelerado e o lento, tendo momentos que exigem uma atenção redobrada por parte dos leitores. A arte de Bolton se sobressai, ofuscando as vezes inclusive o enredo  de Claremont. Os traços são fenomenais, muito bem delineados e muito bem inseridos entre os requadros. Mas o enredo as vezes cansa e parece se perder em alguns momentos.

Tendo como pano de fundo o ano de 1193, “Dragão Negro” irá contar a trajetória de James Dunreith, um exilado acusado de bruxaria pelo rei Henrique II. Entre fugas e alianças, o personagem central se vê diante da entidade que dá nome a obra. Que mistérios esconde Dunreith? Com a ajuda de personagens famosos como Robin Hood, o herói de Claremont e Bolton embarca em uma poderosa jornada para salvar o reino que tanto ama. Com cenas épicas de batalhas e aparições mágicas, a HQ se desenvolve de forma bacana, sendo capaz (acredito eu) de deixar os leitores sedentos por uma adaptação cinematográfica.

Comecei a leitura extremamente empolgado e a primeira metade muito me agradou. A segunda envereda por um caminho deveras fantasioso, onde as questões políticas são deixadas de lado e a fantasia toma conta da narrativa em quase sua totalidade. Algumas revelações não me surpreenderam e alguns momentos me soaram enfadonhos. Entretanto, “Dragão Negro” é uma boa HQ que indico para os fãs de fantasia épica e que apreciam uma boa arte e um enredo bem pensado. Não resta dúvida que para os amantes da nona arte, Claremont e Bolton são uma excelente escolha para quem procura narrativas de alta qualidade.

 

 

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