Final de S Line explicado — Quem foi Lee Kyu-jin? O que aconteceu com Sin Hyeon-hop?
O drama coreano S Line (S라인), dirigido e escrito por Ahn Joo-young e baseado no webtoon de Little Bee, é um dos K-dramas mais ousados de 2025. Misturando terror psicológico, fantasia e crítica social, a série de apenas seis episódios conquistou atenção pelo conceito polêmico: um óculos capaz de mostrar “linhas” que revelam com quantas pessoas alguém já se relacionou.

Estrelado por Lee Soo-hyuk (Han Ji-uk), Lee Da-hee (Lee Kyu-jin), Arin (Sin Hyeon-hop) e Lee Eun-saem (Kang Seon-a), o dorama entrega atuações intensas — mas também um final que deixou muitos espectadores confusos. Vamos recapitular e explicar.
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Recapitulação de S Line
A trama acompanha Sin Hyeon-hop, uma estudante reclusa que enxerga essas “linhas” desde a infância. Sua vida muda após um incidente violento no prédio onde mora, conectando-a ao detetive Han Ji-uk e à sobrinha dele, Seon-a — ambos envolvidos, de forma involuntária, na maldição dos óculos S Line.
Os óculos, antes usados por um assassino, passam de mão em mão, expondo segredos e causando tragédias. Com o tempo, o mistério dá lugar à tragédia: Seon-a se envolve em chantagem e abuso, Hyeon-hop trabalha em um motel que se torna cena de crime, e Ji-uk vê sua sanidade ruir à medida que se aprofunda no caso.
Quem foi Lee Kyu-jin?
Inicialmente apresentada como uma professora reservada, Lee Kyu-jin é revelada nos episódios finais como líder de um culto bizarro em torno dos óculos S Line. No passado, ela salvou uma jovem vítima de exposição ilegal de vídeo íntimo. Para Kyu-jin, a visibilidade era poder — e os óculos, uma forma de libertação.
Porém, sua ideologia se distorceu. Kyu-jin passou a acreditar que todos deveriam enfrentar cada linha vermelha que criaram, mesmo que isso custasse suas vidas. Com isso, formou um culto, incentivou assassinatos rituais e sonhou com um mundo em que ninguém pudesse esconder nada. Mais que vilã, ela é retratada como uma visionária trágica, manchada pela própria dor.
Han Ji-uk encontrou justiça para Seon-a?

Han Ji-uk s line
O detetive Han Ji-uk começa como um policial cínico, protetor da sobrinha. Quando Seon-a entra em coma após tentar o suicídio, ele busca vingança. A maior revelação vem no episódio 5: o próprio pai de Han tinha uma Linha S ligada a Seon-a — sugerindo abuso sexual.
Consumido pelo ódio, Han tenta matar o pai durante uma cerimônia de Kyu-jin, mas é impedido. Mais tarde, a própria Kyu-jin comete o assassinato. Ainda assim, Han não encontra a catarse que esperava. Seon-a acorda, mas eles nunca conversam sobre o ocorrido, permanecendo unidos por um silêncio pesado.

Seon-a
O destino de Sin Hyeon-hop no final

Sin Hyeon-hop
No clímax, Hyeon-hop é esfaqueada por Kyu-jin enquanto tenta destruir os óculos. Seu sangue começa a flutuar, formando uma esfera vermelha que explode no ar, espalhando Linhas S pelo mundo inteiro. A cena, quase religiosa, transforma Hyeon-hop em uma espécie de mártir que liberta a verdade para todos.
No epílogo, ela está viva e “normal” — sem ver as Linhas S. Contudo, a visita ao cemitério mostra que seu passado ainda a assombra. O trauma permanece, mesmo que os sinais visíveis tenham desaparecido.
Lee Kyu-jin morreu?

Lee Kyu-jin
Após ser esfaqueada por Hyeon-hop, Kyu-jin aparentemente cai morta e o controle sobre os membros do culto é quebrado. Mas o final deixa dúvidas: no cemitério, Hyeon-hop ouve a voz suave de Kyu-jin chamando-a — não uma, mas duas vezes.
Isso sugere que, mesmo morta fisicamente, Kyu-jin permanece viva em espírito. Sua visão de um mundo onde todos veem as Linhas S se realizou. Seja como fantasma, memória ou cicatriz psicológica, sua presença ainda paira. O corpo pode ter desaparecido, mas o legado — e a ameaça — continuam.
Conclusão — O que significa o final de S Line?
O final de S Line é aberto, simbólico e perturbador. Hyeon-hop rompe o ciclo e “liberta” a verdade para todos, mas ao custo de seu próprio sofrimento. Kyu-jin perde a batalha física, mas vence ideologicamente: seu mundo ideal (ou distorcido) se concretiza.
O drama não entrega respostas fáceis — e talvez nem queira. Ele questiona se a verdade absoluta é realmente libertadora ou apenas mais uma forma de condenação. No fim, S Line mostra que algumas linhas, uma vez reveladas, não podem ser apagadas.
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