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Resenha: Não me Abandone Jamais – Kazuo Ishiguro Resenha: Não me Abandone Jamais – Kazuo Ishiguro
“Suas vidas já foram mapeadas. Vocês se tornarão adultos e, antes de ficarem velhos, antes mesmo de entrarem na... Resenha: Não me Abandone Jamais – Kazuo Ishiguro

[testimonials user=” email=” name=” position=” photo=”]“Suas vidas já foram mapeadas. Vocês se tornarão adultos e, antes de ficarem velhos, antes mesmo de entrarem na meia-idade, começarão a doar órgãos vitais. Foi para isso que todos vocês foram criados. Vocês não são como os atores que veem nos vídeos, não são nem mesmo como eu. Vocês foram trazidos a este mundo com um fim, e o futuro de vocês, de todos vocês, já está decidido.”[/testimonials]

“Não me Abandone Jamais”, do autor Kazuo Ishiguro, publicado no Brasil pela Companhia das Letras, foi o ilustre ganhador do prêmio NOBEL de literatura de 2017.

O romance/ficção aborda a história de Kathy H., uma mulher adulta, de 31 anos, que desempenha o papel de “cuidadora”.
Criada no colégio interno de Hailsham, cresceu cercada de outras crianças que assim como ela, já tinham seus papéis pré definidos no mundo.
E embora as crianças de Hailsham saibam desde muito novas, que algum dia, se tornarão “doadoras”, há muitos mistérios e dúvidas em torno do tema.
Agora, após onze anos trabalhando como “cuidadora”, Kathy está a um passo de passar para o outro lado, o lado designado desde sempre, o de “doadora” e isso despertará uma nostalgia que a levará de volta ao passado, de volta aos corredores de Hailsham, a sua infância e adolescência, as amizades, as dúvidas, as experiências marcantes e todos os sentimentos que o fato de já se ter um destino traçado pode causar em alguém.

Não me Abandone Jamais, é narrado em primeira pessoa, por Kathy H., e consiste em uma compilação das lembranças dela sobre o seu passado.
Não há uma ordem cronológica nas lembranças, então é comum uma determinada história ser parada abruptamente no meio, para dar início a uma outra, que acabou vindo a mente de Kathy no momento.
Há diversos personagens que ocupam o pano de fundo do romance de Kazuo, embora os principais, que ocupam boa parte das lembranças de Kathy, sejam Ruth, uma amiga, e Tommy, uma paixão.
(Deixo aqui meu desabafo de que odiei essa Ruth do início ao fim e quanto ao Tommy, meio desligado, porém fofo).
Devido a boa parte do livro tratar-se de coisas que já aconteceram efetivamente, tudo assume um ar extremamente nostálgico e no início, misterioso.
Afinal, quem são os alunos de Hailsham?
Por que eles se tornarão doadores de órgãos quando crescerem (mesmo que não queiram)?
De onde eles vem?
Por que eles sequer têm um sobrenome?
Ao longo da narração, as peças dadas a cada capítulo, vão formando o quebra cabeça principal e o que era misterioso, começa a vir à luz e se tornar triste. Bem triste. MUITO TRISTE.
Eu já falei que é triste?
E já próximo ao final, quando você estiver com todas as respostas, verá que a verdade sempre poderá ser mais dolorosa do que você imagina.

Se você está em busca de um romance, que fuja um pouco do habitual, leia. Mas quando você virar a última página do livro e estiver com os olhos marejados, não diga que eu não te avisei que era triste, hein? Ah, e mais uma coisa… “Baby, baby, não me abandone jamais….”

Essa foi a resenha de hoje, até a próxima, pessoal!

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Jaíne Belmonte

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