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******************************NÃO contém spoiler******************************

CONFIRA TAMBÉM A RESENHA: The Joker (Coringa 1975 – 1976) – Denny O’Neil | A Loucura pode ser divertida.

 

Autor: Geoff Johns / Ilustrador: Jason Fabok

Editora: DC Comics / Idioma: Inglês / 160 páginas

 

E-BOOK: AMAZON                     LIVRO FÍSICO: AMAZON

O quão maluco, fascinante e estranhamente imersiva pode ser a experiência de lermos uma narrativa sobre alguém que não sabemos quem é? Estranho se pararmos para pensar que tão confabulosa questão nos assombra desde 1940, quando em tão inesperado ano nos foi apresentado aquele que se tornaria um ícone no mundo dos quadrinhos, o psicótico Coringa. Se para alguns tão atemporal questionamento ainda enlouquece, para outros ela se torna o grande trunfo deste, que parece ser um personagem que não precisa de mais nada a não ser apenas existir.

Ao longo de milhares de histórias; algumas divertidas, outras nem tanto – na verdade, por vezes bem assustadoras – nos deparamos com diversas abordagens, traços, comportamentos, maneiras inusitadas e psicóticas de agir, e formas de se posicionar de maneira a nos deixar na dúvida… quem é esse? É a mesma pessoa das histórias anteriores ou estamos diante de algo muito mais complexo do que a príncipio imaginávamos?

Passando por diversas referências e conectando-as – desde o fabuloso Batman: A Piada Mortal de Allan Moore e Batman: Morte em Família de Jim StarlinBatman: Três Coringas traz ao holofote uma abordagem impressionante, repleta de camadas e com surpreendentes linhas narrativas sobre os mistérios que envolve este tão fascinante personagem. Sendo não apenas um, mas três versões do mesmo, somos introduzidos a uma trama em que ficamos diantes de três faces de uma mesma loucura, que nos atiça e nos puxa a passos frenéticos, nos fazendo questionar a todo momento: quem é aquele que deve ser considerado o primeiro? Qual dos três é o verdadeiro e insano Coringa?

Com ritmo, mistérios e com os já conhecidos excelentes personagens, Geoff Johns trabalha com maestria os psicológicos dos mesmos – tanto dos heróis quanto dos vilões – nos levando em uma trama em que a insaciável busca e sede por respostas emana das páginas e requadros, que isolados ou unidos, formam uma obra-prima narrativa que realmente impressiona.

Coringa muito mais do que apenas um personagem ficcional, trata-se de alguém tão pungente e tão palpável, que fascina e toma proporções tão incontroláveis, que encará-lo e analisá-lo de frente é um ato de coragem, de fascínio, de veneração e de pura e inquestionável curiosidade em querer decifrar aquilo que não precisa e nem foi criado para tal. A loucura de tão perigoso criminoso é algo mais uma vez tão bem explorado, que Batman: Três Coringas já pode ser considerado um clássico e portanto, leitura obrigatória. Quem realmente ele é? Talvez você recebe tão desejada resposta ou talvez não. A graça é lermos, nos questionarmos e entendermos que a loucura pode ser uma dádiva. E é aí que reside a grande graça deste ser que tão bem a representa.

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