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Resenha – The Electric State (2025) | Uma Aventura Visualmente Viva, mas com Alma Apressada

por | ago 6, 2025 | Crítica | 0 Comentários

Antes  Vamos com uma Sinopse rápida:

A obra é baseado na graphic novel homônima de Simon Stålenhag (2018), The Electric State nos leva a uma América alternativa dos anos 1990 devastada por guerras tecnológicas, acompanhando Michelle (Millie Bobby Brown), uma adolescente que viaja com seu fiel robô numa jornada de descoberta, memória e resistência.

No entanto, diferente do livro sombrio e silencioso, o filme da Netflix opta por uma pegada mais leve, colorida e cheia de diálogos, transformando o drama existencial em uma aventura para toda a família. Bom para uns, ruins para outros.


Mas o que funciona?

Tom leve e descomplicado:
Num mundo cinematográfico repleto de distopias pesadas, este filme é um alívio. Já que ele não tenta ser profundo o tempo todo, e isso pode ser refrescante para quem quer relaxar e curtir uma jornada simples. Muitos vão se sentir nostálgicos, como se estivessem vendo um “ET” com robôs ou um “Stranger Things rodoviário”, sem dizer os Super Nintendos e videogames antigos na plateleira dos novos personagens que foram introduzidos no filme.

Aventura com coração:

A protagonista e seu robô formam uma dupla carismática. Há cenas tocantes, principalmente quando o filme foca no laço emocional entre humanos e máquinas. Para quem gosta de histórias de viagem com encontros curiosos pelo caminho, o filme entrega o que promete. Mas nada além disso.


Mas nem tudo são engrenagens bem ajustadas:

Excesso de exposição:
Em vários momentos, o filme fala demais o que já está óbvio na tela, como se não confiasse que o público vai entender sozinho. Isso quebra o ritmo da ação e dá a sensação de que o espectador é “guiado pela mão”, o que pode ser irritante para quem gosta de uma narrativa mais sutil. Teve umas duas ou três cenas em que os personagens falavam como se estivessem narrando pra quem estava no celular e perdeu a ação. Isso pode irritar muitas pessoas, principalmente as mais exigentes.

Reviravolta apressada:

O caçador de robôs, que representa a figura da opressão tecnológica, simplesmente muda de lado de uma hora pra outra, sem construção emocional suficiente. A redenção dele acontece como um estalo, dando espaço para o final da história se resolver às pressas. Faltou tensão e conflito interno, algumas cenas a mais poderiam resolver o problema.

Robôs exageradamente cartunescos:
Os robôs coloridos — incluindo um líder com cabeça de amendoim (Sério?) e um robô mágico. Estes destoam do ambiente proposto. O design compromete a seriedade de algumas cenas, tornando difícil acreditar que aqueles seres seriam realmente eficazes em combates e venceriam facilmente os humanos. Não achei que eles tinham presença de ameaça… Pareciam mais personagens de jogo colorido do que máquinas de guerra.


 

Comparando: Livro vs Filme (quer ver outras comparações de livros vs filme? Clique aqui)

Elemento Graphic Novel (2018) Filme Netflix (2025)
Tom Sombrio, contemplativo, quase filosófico Aventura leve, colorida, com humor
Protagonista Silenciosa, introspectiva Mais comunicativa e voltada ao público jovem
Robôs Industriais, realistas, tons opacos Coloridos, cartunescos, com personalidades exageradas
Narrativa Atmosfera pesada, poucas explicações Muitas falas explicativas, exposição em excesso
Redenção do vilão Não existe no livro, o conflito é mais sistêmico Redenção apressada de um personagem de forma forçada
Objetivo da jornada Mais simbólico e emocional Mais literal e com resoluções práticas

Imagem dos quadrinhos. Muito mais real e sombrio!

Mas qual o Veredito Final?

The Electric State é uma adaptação livre e estilizada da obra original. Mesmo que em alguns momentos perca em profundidade e tom filosófico, ganha no carisma, na estética vibrante e na leveza da jornada. Para quem busca uma aventura Sci-Fi descomplicada e visualmente bonita, vale a pena assistir. Confirmer com minha esposa, que achou muito atraente a obra, já que ela não se aprofunda muito em ficções deu boa. Mas eu me incomodei um pouco.

Mas se você é fã de uma distopia com peso emocional e crítica social sutil, talvez o livro de Stålenhag seja mais sua cara.

Resumindo tudo de uma vez. Poderia ser um épico emocional, mas optou por ser uma aventura colorida. Funciona? Sim. Mas perde potência.

Agora, veja o trailer do filme para ver se te agrada começar a assitir.

É isso pessoal, não esqueçam de comentar!

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