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Autor: Frank Miller / Ilustrador: David Mazzucchelli / Colorista: Richmond Lewis

Editora: Panini / Idioma: Português / 148 páginas

Entre os imensos prédios, entre a criminalidade latente que cresce dia a dia, e entre os diversos elementos sombrios que formam a selva de pedra conhecida como Gothan City, um vigilante mascarado ressurge. Se é fã de quadrinhos, de heróis e super-herós, Já deve ter lido, relido, ou ao menos ouvido falar de Batman – Ano Um, um do grandes clássicos da DC e uma preciosidade criada por nada menos do que o fabuloso quadrinista Frank Miller. Uma obra-prima que merece os elogios que recebeu e que ainda recebe, seja pela crítica especializada ou pelos apreciadores fervorosos do personagem. Uma HQ tão incrível que reentrega o Homem-Morcego de forma impecável, sem distorcer suas principais características e o reafirmando como um dos maiores personagens já criados de todos os tempos.

Criado em 1939 por Bob Kane e Bill Finger, o justiceiro mascarado passou ao longo dos anos a ser encarado por alguns como alguém a ser repaginado, recriado ou reciclado. Para alguns, Batman estava saturado, assim como seus companheiros da famosa tríade dos heróis, Superman e Mulher-Maravilha. Uma visão bastante equivocada, que apesar de suas errôneas afirmações, deram origem em 1986 a narrativa atemporal que dá voz a resenha que aqui escrevo. Uma narrativa envolvente, com personagens tridimensionais, com uma ambientação viva em sua plenitude, com traços e colorizações espetaculares e com um desenvolvimento a ser no mínimo admirado.

Utilizando a mesma base das histórias antecessoras, Miller desenvolve com maestria a origem e primeiros passos de Bruce Wayne como Batman. Toda a dramaticidade e profundidade psicológica dos personagens são bem trabalhadas e exploradas a fundo. Suas relações, motivações, medos e certezas são bem delineadas e vão ganhando maiores proporções com o virar das páginas. Acompanhamos Batman em sua jornada por justiça, interagindo com alguns famosos vilões e encarando de frente toda a corrupção de sua cidade natal. Criando empatia nos leitores e fazendo com que nos apeguemos não somente ao protagonista, como também ao demais personagens que orbitam ao seu redor, Frank Miller se prova como alguém que merece o título que muitos colocam sobre si; o intitulando como o melhor dos melhores.

Parafreaseando uma citação de 1988 de Denny O’Neil, Frank Miller realmente foi a escolha certa para recriar o personagem em Batman – Ano Um. Afinal de contas, quem melhor do ele para trabalhar no alvorecer do herói depois de tê-lo destrinchado em seu crepúsculo na tão magnífica HQ Batman: O Cavaleiros das Trevas? Uma perguntando retórica, que só reafirma a assertividade na escolha de Miller na elaboração do ressurgimento de Bruce Wayne e seu alter ego Batman. Batman – Ano Um é um diamente bruto, lapidado com cuidado ao ponto de se tornar um tesouro a ser venerado por todos. Uma história que se equilibra em todas as suas tonalidades narrativas e que se comprova como mais uma obra que nasceu para sobreviver ao tempo e suas interpéries. Uma narrativa fabulosa por si só, que prova que lendas nunca morrem, mas ressurgem ainda mais fortes do que quando foram.

 

 

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