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********************NÃO contém spoiler********************

Direção e Roteiro: David Pástor & Alex Pástor / Título original: Hogar

País: Espanha / Duração: 103 min. / Ano: 2019

Elenco: Bruna Cusí, Javier Gutiérrez, Mario Casas, Ruth Díaz.

Após perder o emprego e passar a encarar a “ruína” de sua vida atual, transformando-se de um importante empresário para alguém cujo status social está aquém do acreditado por ele ser o justo; Javier Muñoz (Javier Gutierrez) passa a se tornar obcecado por reconquistar tudo que perdeu. De entrevistas mal sucedidas a uma relação familiar conturbada com o filho, o personagem central passa a se infiltrar na vida de um famoso empresário. Abordando a psicopatia e a obsessão como seus temas principais, A Casa, novo filme da Netflix dirigido por David Pástor e Alex Pástor, agrada pelas ótimas atuações e pela direção afiada. O filme transforma cada som e movimento em ações a serem exploradas, aumentando a tensão da obra e fisgando a atenção do telespectador. 

Javier Gutierrez surpreende como o problemático protagonista e nos assusta com a brilhante atuação. Sua fisionomia, sua frieza e até mesmo sua risada e atitudes fazem desde personagem uma pessoa sem limites e sem caráter; capaz de tudo para alcançar o seu objetivo. Apesar de A Casa ser uma boa escolha para quem procura um bom suspense para assistir, devo frisar que o filme é bom, mas passa longe de ser excelente. A primeira metade é pura contextualização e apresentação de personagens e situações, chegando a ser um início moroso. Óbvio que tudo serve como preparação para a perturbante segunda metade, que é excelente, mas que não apagou o incômodo que senti assistindo a primeira. Os personagens coadjuvantes e as subtramas são bem exploradas e nada parece fora do lugar.

Todavia, o desenvolvimento é repleto de situações inverossímeis que não se sustentam pelas situações milagrosas que  surgem do nada, com a simples intenção de ajudar o personagem central. Como se o destino estivesse colaborando com o diabólico plano do psicopata da vez. Não que isso seja uma novidade nos filmes do gênero; mas tudo poderia ter sido melhor desenvolvido, não deixando tão evidente tamanhos absurdos. Em destaques as facilidades de Javier em adentrar locais sem ser visto ou sem que nada seja verificado por alguém ou pelas autoridades. Tudo fácil demais.

A Casa me divertiu e me deu alguns arrepios enquanto assistia. Como dito anteriormente, é um bom filme que vale o tempo investido. Nos deixando com a pulga atrás da orelha, principalmente se você for uma pessoa desconfiada como eu. Os psicopatas existem e eles podem estar mais perto do que imaginamos.

https://youtu.be/zIP4e5I7_G4

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