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Ela roubou uma vida. Agora deve pagar com o coração. Nesse misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance. Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação. Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira — que ela só conhecia através de lendas —, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la… ou Tamlin e seu povo estarão condenados.

Primeiro livro da série: Corte de Espinhos e Rosas.

Logo no início desta narrativa incrível e bem escrita, somos apresentados ao mundo dos feéricos, humanos e criaturas mágicas através da perspectiva de Feyre, caçula de um homem falido e duas irmãs que literalmente não fazem nada além de reclamar o dia todo.

Vendo a situação da família, desde que aprendeu a caçar, Feyre tenta alimentá-los para que não morram de fome, parte disso se dá, principalmente, pela promessa que fez à mãe antes que a mesma falecesse. Sendo assim, logos nas primeiras páginas, acompanhamos a jovem na difícil tarefa de encontrar comida diante de um cenário congelado e sem animais visíveis para matar.

Além de não encontrar comida na neve, Feyre está receosa, pois foi mais longe do que costumava ir e logo irá anoitecer, fazendo com que lembre das histórias contadas por caçadores, sobre lobos gigantes e sem piedade.

“Eu arriscara muito ao entrar tanto na floresta, mas tínhamos acabado com o pão no dia anterior, e o restante da carne-seca, no dia anterior àquele. Mesmo assim, eu preferia passar outra noite com fome a satisfazer o apetite de um lobo. Ou de um feérico. Não que houvesse muito de mim para se banquetearem. Eu tinha ficado esquálida a essa altura do ano e podia contar muitas das costelas”.

Enquanto se esconde atrás de arbustos congelados e tenta não morrer de frio, Feyre avista uma pequena corsa e sente que essa é sua oportunidade, porém, para a sua surpresa, um lobo gigante de olhos amarelos aparece e começa a comer o animal, que minutos antes serviria para alimentar sua família.

Pensando rápido, a menina decide matar o lobo, com a intenção de vender sua pele no mercado da vila e levar o que sobrou da corsa para alimentar o pai e as irmãs durante alguns dias. E ela consegue. Satisfeita com seus atos, retorna para casa e é aí que a narrativa se torna extremamente interessante.

Feyre quebrou um dos acordos feitos pelos feéricos anos antes e, para proteger a família de uma besta agressiva e mil vezes pior do que o lobo que matou horas atrás, aceita ir com Tamlin (fera) para além da muralha, que separa os humanos dos feéricos, destinada a viver em sua corte sem ter mais contato com sua família.

Sua ida até a Corte Primaveril, onde Tamlin mora com seus criados e o leal amigo, Lucien permite que Feyre se liberte da responsabilidade de cuidar da família, já que Tamlin garante a ela que estão sendo bem assistidos desde sua partida, mas também se torna um fardo, já que ela não tem nada para fazer, se sente entediada e morre de curiosidade em relação aos mistérios que rondam toda Prythian (terra dos feéricos além da muralha).

“Será que Tamlin e Lucien ficavam cansados de um cotidiano de primavera eterna, ou sequer se aventuravam em outros territórios, pelo menos para experimentar uma estação diferente? Eu não teria me importado com uma primavera infinita e amena enquanto cuidava da minha família – e o inverno nos deixava perigosamente próximos da morte todos os anos – mas, se fosse imortal, talvez quisesse um pouco de variedade para passar o tempo. Eu desejaria mais do que vagar emburrada por uma mansão também”.

Outro ponto que incomoda Feyre completamente é não conseguir ver o rosto de Tamlin, já que ele e todos da sua corte, devido a uma maldição, não conseguem tirar as máscaras que cobrem metade do rosto. Embora os veja apenas de máscara, isso não impede que ela comece a ter sentimentos por Tamlin e ele por ela.

“Deixei que o alvorecer entrasse em mim, que crescesse a cada movimento dos lábios e cada carícia da língua forte de Tamlin contra a minha. Lágrimas surgiram sob minhas pálpebras. Foi o momento mais feliz da minha vida”.

Além de uma narrativa sensacional, cheia de mistério, reviravoltas e acontecimentos de tirar o fôlego, é incrível poder acompanhar o amadurecimento da personagem Feyre até o final, mostrando o quanto ela é bondosa, corajosa e destemida, fazendo tudo que está ao seu alcance pelo amor.

Também podemos observar como o universo criado por Sarah é rico, cheio de detalhes, misturados a uma descrição envolvente e criativa.

“Corte de Espinhos e Rosas” é uma ótima escolha para amantes de fantasia, romance e mistério. Após lerem, deixem a opinião nos comentários.

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