Autora: Collen Hoover
Editora: Galera / Gênero: Romance e drama / Idioma: Português / 358 páginas
Dizer que achei É Assim Que Acaba qualquer coisa, seria talvez uma forma exagerada de expressar de forma resumida o que realmente achei da obra mais elogiada de Collen Hoover. Com suas quase 400 páginas, a aclamada trama parece – e de fato é – não ser nada além de um drama “light” excelente para quem deseja começar a ler obras com temáticas relevantes a serem discutidas.
Mesclando duas linhas temporais, a autora desenvolve uma narrativa por vezes amarga, que com personagens dimensionais, nos imerge em um drama real – que reflexo da sociedade que vivemos – nos traz boas discussões sobre relações, amor, superações e recomeços.
Contudo, a referida obra sofre dá má estruturação narrativa da autora, que com repetições irrefreáveis, cenas vexatórias e diálogos mal escritos, infantilizam personagens adultos e tornam a primeira metade do livro em algo bastante difícil de relevar. A trama nada em obviedades e as primeiras páginas trazem a sensação de que não saímos do lugar. Transformando a contextualização narrativa em algo enfadonho, Collen Hoover vai dando pinceladas em um drama necessário, mas com uma abordagem que me soou bastante previsível e em sua maioria, superficial.
Se na primeira metade temos páginas e mais páginas das mesmas situações, na segunda, a autora apresenta uma trama mais sólida, que em sua consistência abraça sua previsibilidade e entrega personagens melhores estruturados e situações que escancaram a temática da obra. Não indo além do básico, É Assim Que Acaba se consolida como uma boa trama introdutória para leitores que desejam embarcar em livros mais densos e profundos.
Apesar de desperdiçar personagens e assuntos, o elogiado e “melhor livro” de Colleen Hoover é um mediano bom, que até vale a leitura. Apesar dessa constatação, o drama se torna junto com tantos outros, mais um hype que tentei, mas sigo sem entender tamanha aclamação.
