******************************NÃO contém spoiler******************************
Editora: Darkside Books
Autora: Emily Carrol / Gênero: Graphic Novel terror / Idioma: Português / 208 páginas / Capa dura – Edição especial
“Floresta dos Medos” o mais novo lançamento da editora Darkside Books, escrito e ilustrado por Emily Carroll, uma quadrinista canadense vencedora de inúmeros prêmios, incluindo o Eisner, é uma antologia de cinco contos que aparentemente são bizarros, assustadores e que trazem cargas psicológicas palpáveis. Pelo menos é assim que ele é vendido.
Mas sinceramente? Ele é bizarro e assustador? Depende de quais são as suas definições para tais adjetivos. Eu esperava algo mais macabro e encontrei algo bem light, até demais. As estórias possuem referências claras a Edgard Alan Poe e aos irmãos Grimm, e muitas vezes parecem até querer soar meio poéticas. Os traços de Carroll combinam perfeitamente com a letrização e com o seu próprio texto (o que parece óbvio, mas que nem sempre acontece nos quadrinhos); mas as narrativas são deveras fracas. Não dão medo e possuem muitas vezes desfechos anticlimáticos que deixam muita coisa no ar.
Eu gostei da arte da HQ, achei muito bonita, mas um tanto quanto infantil. O terror subjetivo proposto não me soou funcional e eu de fato não gostei da leitura. Achei uma HQ com um potencial tremendo, que infelizmente acabou sendo desperdiçado. Só gostei mesmo da última estória e ainda assim a considero mediana. Entendo que são contos, mas achei curtos demais, de forma que considero os desenvolvimentos precários e extremamente acelerados, que não colaboraram para que eu me importasse com os personagens e seus destinos.
Muita coisa me remeteu a Tim Burton e sua forma distorcida e única de abordar o terror e o medo. Mas isso não significa que encontrei o mesmo nível de qualidade. A maioria dos contos são protagonizados por mulheres, o que é excelente para a atual época que estamos vivendo. Abordam vingança, inveja, medo do desconhecido e vingança do sobrenatural, tudo em volta de uma misteriosa floresta, que é a que dá nome a obra.
O novo lançamento da famosa editora parece estar agradando quem já o leu, mas não faz o meu tipo e levando em consideração que já li coisa muito melhor, inclusive da própria Darkside, considero a obra de Emily Carroll de uma simplicidade mais que rasa, que impactará no máximo os leitores novatos do gênero e olha lá.
Uma resenha que considero mediana (pra não dizer ruim).
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