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*****************************NÃO contém spoiler*****************************

Roteiro ruim, boas referências, boas cenas de ação (nada demais) e um desenvolvimento mediano. Mortal Kombat, o reboot cinematográfico de um dos maiores sucessos dos videogames de todos os tempos, está chegando, prometendo muita violência, muito fatality e muitas conexões com os arcos clássicos dos personagens. Mas a mais nova adaptação é realmente tudo o que promete?

Se você espera grandes cenas de ação, muito sangue e os tão desejados fatalitiesdignos de uma boa violência gratuita – talvez encontre algo que sacie suas expectativas e te deixe ansioso para a suposta continuação. Mas se você espera muito mais do que os aspectos clássicos da franquia, irá sem sombras de dúvidas se decepcionar. Poderia dizer que Mortal Kombat é quase nulo de roteiro. Recheado de relações rasas, explicações que não convencem e uma péssima trilha sonora (mal aplicada e digna de uma boa adaptação dos anos 90), o filme dos sanguinários lutadores se mantém na vertical unicamente pelas cenas de ação e pelo desenvolvimento que instiga e nos prepara para o que quase todo mundo quer ver… corpos desmembrados, sangue e lutas até a morte.

A direção que dessa vez fica por conta de Simon Mcquoid peca em optar pelo comodismo, não indo além do básico do que já temos em sua mídia original, nos entregando uma trama frágil em que até mesmo as cenas sanguinárias deixam a desejar. Acalmem-se fãs fervorosos… elas estão presentes, mas nada que justifique todo o furor acerca das mesmas; e nada que possa ser considerado tão impactante  e alucinante como a divulgação e jogadas de marketing nos fazem acreditar. Se colocarmos The Boys e Mortal Kombat lado a lado, a franquia conhecida pelos atos violentos perde com desvantagens significativas nesse quesito.

A inserção do protagonista Cole (Lewis Tan)inexistente nos jogos – não se justifica. Bastante desnecessária, a presença de tal personagem, apesar de seu importante arco no filme, poderia ter sido facilmente descartada. A existência do mesmo é claramente apenas resultado de uma exigência sem nexo do estúdio que insiste em continuar tomando decisões que mais prejudicam do que ajudam suas próprias produções. Contudo, ele protagoniza bons momentos e tem boas interações com os demais personagens, apesar das relações serem extremamente rasas e deixadas de lado em detrimento da violência gratuita o qual o filme se sustenta. Sem contar obviamente a péssima atuação do ator.

Entre caracterizações boas e medíocres; entre boas cenas de ação e um roteiro ruim; e entre uma trilha sonora que sofre por sua má utilização e um bom desfecho, Mortal Kombat entrega o que a maioria deseja, tem potencial para agradar um público pouco exigente e serve como um bom passa-tempo.  Nada digno de grandes aclamações e nada tão fabuloso que o coloque muito acima de Mortal Kombat de 1995 de Paul W. S. Anderson. Uma afirmação polêmica a qual muitos discordarão? Com toda a certeza. Entretanto, afirmo sem medo de linchamentos virtuais, que esta nova versão ainda não entrega todo o potencial que a franquia possui e que ninguém parece conseguir alcançar. Uma pena… esperei uma excelente adaptação e recebi apenas mais um filme ok.

Os elementos técnicos são competentes e as lutas bem coreografadas. O início empolga, o meio é aquele vazio que carrega a essência dos games e o final entrega um bom gancho. Mortal Kombat é aquele “bom” – na verdade o mediano ruim –  que deve ser assistido com as expectativas bem controladas. Não entrega nada além do que já tivemos anteriormente e opta por tentar agradar apenas aos supostos fãs dos games. Uma narrativa em que o trailer é melhor que toda as 1h40min em que o filme dura em tela. Triste, mas a realidade nua e crua.

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