“Inglaterra, século XVIII. Assim como a maioria de seus familiares, Alethea Vaughn Channing possui dons especiais. Desde pequena ela tem visões recorrentes de um homem desconhecido. Passados 15 anos desde a primeira visão, ela prevê um risco de morte. Ela precisa encontrá-lo, contar sobre sua visão e convencê-lo de que corre perigo. Mas quem acreditaria numa estranha com uma conversa dessas? Ainda sob um ceticismo inicial, ele percebe sinceridade na desconhecida e, agindo emocionalmente, decide acreditar na estranha para tentar novamente descobrir o paradeiro de seus dois sobrinhos, que desapareceram após a trágica morte de sua irmã e do esposo. Durante essa busca, começa então a florescer uma forte admiração entre os dois, até surgir à perigosa Claudete, uma antiga amante de Hartley, e que Alethea descobrirá estar entre as pessoas mais ameaçadoras da alta sociedade de Londres. Então, a sua vida também passa a correr perigo e ela precisará mais do que nunca de seus poderes para garantir a sua segurança”.
Imagine nascer com um dom raro. Mas do que isso, um dom que te obriga há quinze longos anos acompanhar a vida de um homem. Homem que você não conhece, exceto, é claro, pelas visões que tem dele. Essa é a vida da jovem viúva Alethea Channing.
A história se passa na Inglaterra vitoriana. Alethea vive com os criados no interior do país. Todas as visões que teve até hoje retrata por meio de desenhos em seu caderno, podendo capturar emoções e imagens de momentos da vida dele, mesmo os íntimos.
Em uma das visões, Alethea prevê o futuro do homem. Essa visão faz com que viaje até Londres para a casa de seu tio, Iago, a fim de conhecer o rapaz e alerta-lo sobre o perigo que está correndo.
“De repente, ela soube que não se tratava apenas de outra intromissão na vida do homem, mas de um aviso. Talvez, refletiu enquanto se concentrava, por isso tivera todas as outras visões. Ela sabia, sem sobra de dúvida, que o que via neste momento não era o que estava acontecendo ou que já tinha acontecido, mas o que ainda iria acontecer.”
Chegando a Londres, descobre que seu misterioso das visões é o Marquês de Redgrave, Hartley Greville. O personagem é um espião que trabalha a serviço da Rainha, seduzindo e enganando mulheres que estejam traindo o país ou que contenham informações valiosas.
Hannah Howell consegue de forma interessante e dinâmica retratar o cenário político da Inglaterra e da França do século XVIII, mostrando espionagem, traição e conspirações numa abordagem que faz com que o leitor devore as páginas do livro.
A missão de Hartley, que o levaria para o futuro horrendo da visão, incluía espionar e arrancar informações da perigosa Claudete, expondo-a como espiã disfarçada da França.
A trama se torna cômica pelo fato de uma jovem tentar convencer um importantíssimo marquês de que tem visões com ele desde os cinco anos de idade e de que ele corre perigo.
“Hartley franziu a testa ás costas da senhora Vaughn, dividido entre ficar e descobrir o que estava acontecendo ou fugir da mulher esquisita antes que caísse numa armadilha que ele não fazia ideia do que pudesse ser.”
Além das complicações com Claudete que tomam boa parte da narrativa, Alethea e Hartley vão se apaixonando conforme os acontecimentos vão seguindo, principalmente os que envolvem os sobrinhos desaparecidos de Hartley, onde com a ajuda da amada e de seu tio, tenta reencontra-los e descobrir o que aconteceu.
Embora fosse viúva, Alethea nunca tinha tido relações sexuais com outro homem, pois seu casamento foi curto e nem chegou a ser consumado. O romance entre os dois é de tirar o fôlego, trazendo cenas picantes e descritivas.
“Hartley deleitou-se com a umidade quente, prova de que ela estava pronta. Ele colocou-a em pé, virou-a de costas e carinhosamente abaixou-a sobre a mesa. Em seguida ergueu a saia, olhou para o traseiro firme e arredondado e quase arrancou a aba da frente de sua calça na pressa de abri-la.”
É o terceiro livro da série Wherlocke da autora Hannah Howell. Os outros, “A Vidente” e “A Sensitiva” não possuem ligação entre si, ambos trazem histórias diferentes, semelhantes apenas nos dons especiais das protagonistas.
Quem ainda não leu A Intuitiva eu recomendo a leitura. Depois de ler, deixem a opinião nos comentários.