O objetivo de Jorg no primeiro livro, era ser príncipe. Ele conseguiu. O objetivo de Jorg no segundo livro era ser rei. Ele conseguiu. O objetivo dele nesse terceiro livro é ser Imperador? E aí? Acham que ele conseguiu? Antes de qualquer coisa, confiram a sinopse oficial dessa obra:
“O mundo está dividido e o tempo se esgotou completamente, deixando-nos agarrado aos dias finais. Estes são os dias que nos esperaram por todas as nossas vidas. Estes são os meus dias. Eu vou estar diante da Centena e eles vão ouvir. Vou tomar o trono, não importa quem está contra mim, se vivo ou morto. E se eu devo ser o último imperador, farei disso um final e tanto.
A aclamada Trilogia dos Espinhos chega ao seu grande final, depois de termos acompanhado a dolorosa e supreendente infância e adolescência de Jorg Ancrath em Prince of Thorns e King of Thorns, com todo o brilhantismo, charme, violência extrema e total crueldade deste egomaníaco romântico. Conforme Jorg cresce, seu caráter muda e ele parece encontrar algum equilíbrio em suas tendências sociopatas. Em Emperor of Thorns, vamos novamente tomando contato com as atribulações de Jorg e sua fixação em conquistar o Império Destruído com saltos entre o presente e o passado, assim como Mark Lawrence já havia feito no volume anterior. Com isso, vamos descobrindo, desvendando e nos surpreendendo com o mundo onde a história se passa e com as saídas e escolhas nada tradicionais ou lógicas que Jorg se vê obrigado a tomar em seu caminho ao trono.
Prince of Thorns, King of Thorns e Emperor of Thorns formam uma das trilogias mais importantes da nova geração, que chega ao fim de forma brilhante e imprevisível, ao mesmo tempo cruel e poética, uma obra-prima de um novo grande autor.”
Gostaria de dizer que estou emocionada enquanto escrevo essa resenha, porque “Emperor of Thorns” ganhou meu coração!
A trilogia dos espinhos, uma trilogia cheia de violência, caos, sangue e várias coisas ruins.
Jorg, um personagem o qual já critiquei, um personagem que foge totalmente do tipo “mocinho” que você lê por aí e que foge também do estilo “cara mal, mas o cara mau que vc gosta”. Ele é o cara absurdamente mau, que você não entende como poderá vir a gostar (isso quando lê o primeiro livro…)
No primeiro livro, “Prince of Thorns”, você se pega surpreendido por caber tanta maldade dentro de um ser. No segundo livro, “King of Thorns”, você se pega surpreendido por além de tanta maldade, caber tanta força de vontade dentro de um ser. E no terceiro livro, que fecha essa trilogia com uma baita de uma chave de ouro, você se pega totalmente apegada a um personagem com características tão ruins, você se pega torcendo por ele, você vê que além de toda a maldade narrada em todas as páginas anteriores, ele merece seu apoio, merece, digamos, “seu perdão”.
No encerramento desta trilogia, a narração é feita de três formas:
– No presente, pelos olhos de Jorg, com ele rumando em direção a tentar conquistar o trono do império.
– A história de Chella, vários capítulos dedicados a ela, mostrando seu ponto de vista sobre Jorg e acontecimentos da vida dela.
– No passado, 5 anos atrás (isso mesmo, 5 anos, ou seja, seria ANTES das narrações de King of Thorns).
A alternância de narrativa é ótima! Voltar no passado novamente, faz com que novas peças lançadas na história se encaixem. Descrever a história de Chella, também dá um toque a mais em tudo.
Agora, me deixe falar um pouco sobre o fim desse história. Foi emocionante, foi perfeito, foi lindo!
E mais do que falar do fim, eu estou totalmente apaixonada pelo endendo final que o “Mark Lawrence” escreveu! Por que? Não vou descrever o endendo completo aqui, porque tem spoiler do final da trilogia (portanto nada de ir abrir o livro na última página e ler, antes de ter terminado o livro), mas descreverei a parte que não possui spoiler e já falo porque eu me apaixonei.
“Prefiro que os leitores terminem o livro lll querendo mais, em vez de se afastarem após o livro lV sentindo que já tiveram mais que o bastante. Há uma tendência que faz com que os personagens continuem depois de sua data de validade e se tornem caricaturas de si mesmos, trilhando o mesmo caminho, ficando mais sem graça a cada passo. Eu espero que Jorg tenha evitado esse destino e que juntos nós tenhamos construído algo de valor.”
E aí, ainda preciso descrever por que eu me apaixonei por este endendo?
Eu sou uma grande crítica dessas sagas em que claramente o escritor quer apenas ganhar mais e mais dinheiro, lançando livros e mais livros com os mesmos personagens, com a mesma história e muitas vezes, nem há mais história para contar! Tal atitude, já fez com que eu me afastasse e abandonasse algumas séries, que teriam sido ótimas se fossem levadas só até o terceiro livro, mas que os autores quiseram estender (sendo que não deveria haver extensão).
Quando li este endendo, quando vi que o Mark Lawrence é um escritor com consciência, que não precisa fazer uma série de 300 livros utilizando o Jorg, só para ganhar grana, ele ganhou uma admiradora. Está de parabéns, Mark!
Além do que, ele cita nós, os BR em seus agradecimentos!
Para concluir, posso dizer que a Trilogia dos Espinhos me fez ter raiva, me fez ficar confusa, me fez chorar e me fez uma admiradora dela no final das contas. Emperor of Thorns foi um final extremamente digno para toda essa história contada até então! Se você ainda não leu, leia. Se você ainda não leu essa trilogia, comece, e não se deixe desanimar no primeiro livro, sei que a narrativa diferenciada é difícil e confusa no começo, mas quando você finalizar a leitura das últimas páginas de Emperor of Thorns, vai ver que valeu a pena!
Até a próxima, galera!