**********************************NÃO contém spoiler**********************************
Sem cenas mirabolantes e bem coreografadas de ação, o mais novo filme de Resident Evil (o “tão aguardado” reboot da franquia), veio prometendo aos fãs a fidelidade aos games que tanto desejávamos. Com um elenco e roteiro totalmente reformulados, Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City se provocou como um desastre difícil de ser assimilado e compreendido.
Johannes Roberts, o diretor e roteirista, se afunda em um mar de referências que “engordam” o longa, tornando-o em algo insosso, raso, e sem sentido. Baseado nos dois primeiros jogos da franquia, o novo filme tenta compilar um complexo storyboard de dois em um, não se aprofundando em nada e não se importando com coesão e desenvolvimento narrativo, não sendo capaz de despertar ao telespectador o mínimo de emoção.
Os protagnistas, os clássicos personagens dos games, são descaracterizados de tal forma, que não apenas imcomodam, como causam vergonha alheia. As interpretações são horrendas, o tempo de tela de cada um é desequilibrado e suas personalidades são tão distorcidas, que fica mais que complicado criar algum elo com a narrativa original.
Repleto de cenas escuras, Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City peca nas frustradas tentativas de nos assustar, que mescladas com os péssimos efeitos especiais e flashbacks mal inseridos, cansam já nos primeiros minutos de exibição. Os diálogos robóticos e teatrais são outros dos milhares de equívocos deste desastre. Com Atuações ruins, diálogos mal arquitetados, cenas escuras, personagens mal caracterizados, trilha sonora descartável e momentos cômicos desconexos, a pergunta que fica é: Alguma coisa se salva?
Posso dizer com convicção que a fidelidade com os cenários originais, os aspectos na movimentação dos atores, e alguns movimentos de câmera, remetem de maneira assertiva a jogabilidade que temos nos jogos, o que em alguns momentos pode soar como uma luz no fim do túnel. Mas não se enganem, estes acertos não são o suficiente (caso ainda não tenha ficado claro) para que o filme valha a pena.
Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City, é a típica adapatação que não precisaria existir. Em base de comparação, posso dizer que os filmes de Paul W S Anderson me parecem agora como obras primas. Se eu pudesse desver, seria um cara mais feliz. Terminei de assistir mais uma vez me perguntando e querendo muito descobrir: Qual a dificuldade de se fazer um bom filme? Sigo sem saber…
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