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********************************NÃO contém spoiler********************************

Nos levando a uma viagem que desafia a lógica, Christopher Nolan (o aclamado diretor de diversas obras de sucesso, como a trilogia do Batman) dessa vez nos desafia através de viagens temporais, abordando a inversão de entropia com a volta no tempo através de um mundo que funciona ao contrário. Quando um agente secreto embarca em uma missão a fim de salvar o mundo da destruição total, adentramos em um universo repleto de referências e explicações sobre correlação quântica, estados termodinâmicos e consequências subatômicas. A narrativa não sendo das mais fáceis de ser compreendida e destrinchada, exige ao telespecador uma atenção redobrada acerca de tudo que nos vai sendo apresentado ao longo de suas 2h30min.

A trama bastante complexa diverte pela insana narrativa e loucas cenas de ação, que mesclam o tradicional do cinema com momentos que distorcem a realidade e o tempo. A direção afiada de Nolan nos confunde, dão pistas sobre o que está de fato acontecendo, se equilibra em um ritmo inteligente e audacioso e nos afunda em um looping de questionamentos. Tudo isso junto tranforma Tenet em um quebra-cabeça do início ao fim; onde todas as peças estão disponíveis, mas onde nem todas parecem se encaixar. Uma obra fascinante, mas também cansativa, que exige demais e que não serve apenas como uma história para se ver por ver.

Os diálogos são ambíguos, as cenas são intelegentemente bem elaboradas, de forma bastante proposital, a dar um nó em nossos cerébros, nos confundindo de forma divertida. John David Washington carrega com segurança o papel principal e juntamente com Robert Pattinson nos entrega uma parceria misteriosa, que movimenta as teorias do filme até mesmo quando os créditos finais começam a subir. Bons personagens, mesmo que nenhum possua grande profundidade narrativa, já que o foco de Tenet é claramente o enredo e nada mais. Nos perguntamos ao nos depararmos com o desfecho: Entendi tudo que foi apresentado? Uma indagação que parece ser permanente em nossos subconscientes que tenta entender o que parece em diversos momentos ser incompreensível.

Durante o desenvolvimento de Tenet, tive alguns dèja vus que me fizeram relacionar a obra cinematográfica com as narrativas do escritor Blake Crouch, que assim como nas obras de Nolan – em especial  em Tenet e A Origem – nos leva a jornadas que desafiam nossos intelectos e que se tornam cada vez mais complexas com o virar das páginas. Caminhos intangíveis que com muito esforço se tornam algo magistral quando as desejadas respostas são entregues e grande parte da narrariva passa a fazer sentido.

Tenet é uma obra a ser degustada e apreciada. Pode ser indigesta se você se frustra facilmente quando se vê diante de questões aparentemente abstratas. Um filme para assistir e reassitir na clara intenção de desvendá-lo por inteiro. Uma obra que juntamente com a trilha sonora se prova de forma inquestionável como uma narrativa genial, que muito mais do que apenas nos entreter, nos enriquece. Um filme que definitivamente não é para os fracos.

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CONFIRA TAMBÉM A RESNEHA DE RECURSÃO, OBRA DE BLAKE CROUCH CLICANDO AQUI

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