Quem leu minhas resenhas anteriores, sobre “Half Bad“ e “Half Lies“, sabe que o início dessa trilogia me conquistou. O que não necessariamente aconteceu dessa vez.
Em “Half Wild”, “Metade Selvagem”, Nathan descobriu qual é seu dom, mas está tendo alguns problemas quanto a controlá-lo. Além disso, algo impensado está acontecendo no mundo dos bruxos. Bruxos das Sombras estão se unindo aos Bruxos da Luz para formar uma aliança, visando derrotar o novo líder do conselho dos Bruxos da Luz, Soul. Então nesse volume temos Nathan explorando seu dom (que era uma das grandes curiosidades em Half Bad, qual seria o dom de Nathan…), enquanto pensa se deve se unir a essa nova aliança e enquanto está tendo seus sentimentos sendo postos em dúvidas em um triângulo amoroso “moderninho”.
Agora vamos as minhas críticas. O começo é fraco, tirando os momentos em que Nathan está lidando com seu dom, não tem nenhum “quê” a mais. É tudo muito voltado aos pensamentos e as dúvidas de Nathan.
O meio é quase que um tapa na cara do leitor. Todos sabemos que Nathan é apaixonado por Annalise, mas aí a autora quis complicar e jogar um triângulo amoroso no meio da história. Até seria aceitável, se tivesse nexo.
Vamos pegar um exemplo, usando uma saga bem conhecida, Percy Jackson. Todo mundo sabe que o Percy gosta da Annabeth, certo? E Imaginem que no meio da história dos olimpianos, do nada, o Percy desse um beijão na boca de outra personagem (sendo que o autor evidencia o tempo todo que ele gosta da Anabbeth) e do nada fica em dúvida. Poxa, será que eu gosto da Annabeth ou gosto dessa outra?
Gente, triângulo amoroso? OK. Mas tem que ter um tantinho de sentido nele, não simplesmente jogar ali, com a intenção de causar alguma reviravolta na história ou quebrar algum tabu.
Amo reviravoltas, desde que as mesmas apresentem nexo e não algo jogado ali ao acaso. Que é o que me pareceu.
Aí vem uma crítica de algo que chegou até a assustar, temos um começo e um meio muito parado e chega no fim, paaaah, é uma briga atrás da outra (tantas que a autora muitas vezes nem entra em detalhes), daí você pensa, era melhor ter começado a “ação” bem antes do que jogar toda a ação no final e ter que explicar tudo “correndo”.
O final em si, como acontece em Half Bad, surpreende. Mas não consegue salvar o livro.
Não que ele mereça uma nota ruim, apesar de tudo (talvez eu esteja dando uma chance por ter gostado muito do primeiro volume da trilogia) merece uma nota regular.
Mas comparado a Half Bad e Half Lies… Poxa “Sally Green”… Pisou na bola hein!